Política | 31-12-2010 08:23

Orçamento de contenção em Rio Maior criticado pela falta de ambição

A Assembleia Municipal de Rio Maior aprovou por larga maioria no dia 28 de Dezembro o orçamento e o plano de actividades do município para 2011, com críticas da oposição à “falta de ambição” por parte do executivo de maioria PSD/CDS. O orçamento de 30,8 milhões de euros decresceu cerca de 1,4 milhões relativamente ao de 2010, reflectindo a quebra de receitas prevista e o esforço de contenção que está a ser feito, segundo disse a presidente da câmara Isaura Morais (PSD). Em 2011 a Câmara de Rio Maior vai receber menos 600 mil euros de transferências financeiras do Orçamento de Estado, “o que obriga a reduzir a despesa corrente ao essencial e ao aproveitamento ao máximo dos fundos comunitários disponíveis” para investimento, explanou a autarca na introdução a esse ponto da ordem de trabalhos. A autarca enumerou alguns dos principais investimentos previstos para 2011, como a Loja do Cidadão, os novos centros escolares, a execução dos planos de pormenor das salinas e da zona antiga da cidade e o apoio em um milhão de euros à construção das novas instalações da Escola Superior de Desporto. Isaura Morais referiu que a contenção vai implicar o sacrifício de todos, pelo que a câmara vai reduzir o apoio a diversas entidades, mas sem sacrificar o sector do apoio social. As transferências para as juntas de freguesia mantêm-se no mesmo valor de 2010, o que recolheu elogios de alguns autarcas e a votação favorável da maioria dos presidentes de junta. Não foi o caso da representante da Junta de Freguesia da Vila da Marmeleira, Ana Rita Camará, que acabou por se abster na votação depois de ouvir o vice-presidente da câmara, Carlos Frazão, dizer que não foi possível contemplar em orçamento a verba necessária, entre os 300 mil e os 400 mil euros, para remodelar o sistema de abastecimento de água naquela freguesia. Grande parte da bancada do PS também se absteve, com António Moreira a acusar o executivo de ter um orçamento “de navegação à vista”, que não espelha “uma estratégia e um modelo de desenvolvimento para o concelho”. “Esperávamos arrojo e que houvesse visão de futuro. E o que vemos é uma gestão comezinha de mercearia que os munícipes não merecem”, reforçou o socialista. A independente Júlia Figueiredo disse ser este um orçamento de conformação, reclamando mais imaginação e ambição. Também Augusto Figueiredo (CDU) acentuou que “nas alturas de crise pede-se sempre um golpe de asa”, acrescentando que este orçamento só tem um, “que é a opção inteligente de centrar nas freguesias alguns dos aspectos mais importantes”. Carla Rodrigues, do Bloco de Esquerda, foi a única eleita a votar contra o orçamento, criticando o aumento das verbas para publicidade e o facto de o montante previsto para a acção social ser apenas metade do valor que a câmara estima transferir para a empresa municipal Desmor em 2011.

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