Saúde | 08-01-2010 09:32

Urgências do Hospital de Abrantes entraram em ruptura

Urgências do Hospital de Abrantes entraram em ruptura
O serviço de urgências do Hospital de Abrantes "entrou em ruptura", registando desde o início do ano “congestionamentos e aumentos muito significativos nos tempos de espera” dos utentes, disse fonte hospitalar. Edgar Pereira, director clínico do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) - que engloba os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas -, disse que a situação é “preocupante” e “as rupturas são resultado” do encerramento do serviço de atendimento prolongado do Centro de Saúde de Abrantes por parte da direcção do Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere (ACES) no início do ano.Aquele serviço funcionava com dois médicos no interior da unidade hospitalar, atendendo cerca de 150 utentes diariamente, entre as 08h00 e as 20h00, “em situação mista”. “No início do ano, fomos confrontados com esta decisão do ACES e com a consequente cessação da prestação de serviços por parte dos profissionais de saúde”, afirmou o responsável, acrescentando que os cerca de 150 utentes continuam a deslocar-se para as urgências do hospital, “criando congestionamentos e aumentos muito significativos nos tempos de espera”.“Do total de utentes que o serviço do centro de saúde atendia, cerca de uma centena necessitava apenas de cuidados primários de saúde. Se encerrassem o serviço mas levassem os utentes para a consulta de recurso, o serviço de urgências cumpriria cabalmente a sua função, atendendo os casos mais agudos”, frisou Edgar Pereira.Fernando Siborro, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere, que agrega os Centros de Saúde de Abrantes, Constância, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha, diz por seu lado que “desde Outubro que o CHMT estava informado do encerramento" do serviço.“Encerrámos o serviço de atendimento prolongado, essencialmente, por motivos de reestruturação e para uma optimização de serviços, uma vez que reforçámos significativamente a consulta de recurso com os dez médicos que prestavam ali serviço, à razão de dois por dia, e que vão, assim, poder receber mais utentes da própria lista de espera”, esclareceu Fernando Siborro.“Este é um serviço que serve para dar resposta aos utentes sem médico de família, ou cujo médico esteja doente ou de férias, não é um serviço de urgência, e esta consulta de recurso abrange milhares de pessoas dos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal”, afirmou.Para Edgar Pereira, no entanto, a situação é “insustentável”, admitindo “esforços” para a contratação de mais médicos para o serviço de urgência do Hospital de Abrantes.

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