O ano de 2016 foi o melhor de sempre do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), com um aumento da actividade assistencial e ao mesmo tempo diminuição da dívida. Um resultado que a administração da unidade de saúde atribui ao “esforço abnegado” dos profissionais, complementado com a estratégia de gestão. Para 2017 o centro hospitalar prepara vários investimentos, com aquisição de equipamentos e alterações e ampliações de instalações, na ordem dos dois milhões de euros.

Segundo o CHMT, em 2016 trabalhavam nos três hospitais do centro, Torres Novas, Abrantes e Tomar, um total de 1628 profissionais, quando em 2014 eram 1409. Os números divulgados pelo centro hospitalar dão conta também de uma inversão das circunstâncias de entradas e saídas de profissionais. Em 2012 saíram 117 profissionais e entraram 38, enquanto em 2016 saíram 169 mas entraram 309 pessoas, com destaque para o número de enfermeiros, tendo entrado no ano passado 153 e saído de funções 82.

No que respeita à actividade assistencial, evidencia-se um crescimento a começar pelos internamentos, que em 2016 foram 17.297, e pelas consultas externas que foram de 178.473. Ao contrário, a maternidade tem vindo a diminuir a sua actividade desde 2010. Na actividade cirúrgica também se regista uma evolução, com mais operações em 2016, num total de 10.507 intervenções. No hospital de dia foram realizadas 27.108 sessões, numero que vem crescendo desde 2010, altura em que foram feitas 18.228 sessões. Nas urgências em 2012 houve 149.832 assistências e em 2016 o número é de 153.872.

Quanto à dívida, esta desceu dos 50 milhões de euros em 2013 para cerca de 26 milhões actualmente. A administração refere que vai continuar a trabalhar no equilíbrio das contas e o plano estratégico para 2017 aponta para a prioridade da recapitalização do quadro médico do centro hospitalar e na continuidade do aumento da actividade assistencial. Durante este ano o CHMT definiu como prioridade a aquisição de um equipamento de TAC, o que já aconteceu, bem como a aquisição de equipamento médico-cirúrgico, aquisição de mamógrafo, entre outros.

A melhoria das instalações também está prevista no plano estratégico de 2017, com a relocalização da zona de consultas externas, expansão da urgência médico-cirúrgica e a construção de uma sala de preparação de citoestáticos (medicamentos utilizados em doenças malignas como os tumores).

O presidente do conselho de administração, Carlos Andrade Costa, refere que “os dados do primeiro trimestre de 2017 indicam que vamos no bom caminho, mantendo a tendência e consolidando estes números, ao reforçarmos a actividade assistencial e melhorando as condições físicas e de equipamentos do CHMT”.