ESPECIAL S.Martinho | 02-11-2005 11:18

Casa Carlos Relvas aberta ao público

Casa Carlos Relvas aberta ao público

Duas exposições que se vão realizar durante a Feira Nacional do Cavalo são um bom pretexto para se visitar a Casa-Estúdio Carlos Relvas, um exemplar de arquitectura único no mundo.

O prometido é devido: a Casa-Estúdio Carlos Relvas já pode ser visitada após as obras de beneficiação de que foi alvo, por iniciativa da Câmara da Golegã e com o apoio do Ministério da Cultura.Durante a Feira Nacional do Cavalo, a casa que foi o laboratório fotográfico de Carlos Relvas vai ter patentes nas suas instalações uma exposição de fotografia de Miguel Fonseca da Costa e outra de arte sacra de Maria do Carmo Sottomayor. Recebe ainda, no dia 10 de Novembro, o seminário “Six Annual Equine Adventure”.A recuperação da Casa Carlos Relvas contou com o apoio do Programa Operacional da Cultura (POC) para dinamização museológica. A totalidade dos investimentos previstos só ficará concluída em Março de 2006. E, nessa altura, a câmara da Golegã pretende avançar com a candidatura do laboratório do célebre fotógrafo a património mundial.Em Janeiro de 1999, o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, anunciou na Golegã que o ministério que tutelava financiaria na totalidade a recuperação do edifício, bem como a dinamização museológica do espaço. As obras terminaram em Novembro de 2003 mas só em Abril último a câmara municipal pôde finalmente apresentar uma candidatura ao POC, no valor de cerca de 700 mil euros, que vai permitir a fruição do imóvel, classificado por despacho ministerial de Março de 1996 como imóvel de interesse público, com características únicas no mundo.O processo de recuperação desta casa-museu foi reiniciado em 1996, apresentando-se na altura duas hipóteses. Voltar à traça original da casa, construída como laboratório fotográfico com o primeiro andar todo envidraçado, ou recuperar o edifício como chegou até aos nossos dias: Carlos Relvas transformou-a em determinada altura em casa de habitação. Ganhou a primeira alternativa e o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) elaborou um relatório-diagnóstico acerca do estado de conservação do edifício e das implicações de uma futura intervenção de restauro. O projecto para a recuperação custou 150 mil euros e as obras de restauro cerca de 1,5 milhões de euros. A qualidade da recuperação foi distinguida com o Óscar do Imobiliário na categoria da reabilitação histórica, uma iniciativa de O MIRANTE em parceria com a Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém.Construída em 1875, segundo um projecto do arquitecto Henrique Carlos Afonso, a casa de Carlos Relvas custou 80 mil escudos. Uma enorme fortuna, tendo em conta que, na época, o 1.º Prémio da Lotaria Nacional era de 14 contos. No jardim que envolve todo o imóvel encontram-se algumas espécies raras de palmeiras vindas expressamente do Japão e da China.

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