ESPECIAL S.Martinho | 02-11-2005 11:19

O privilégio de montar um puro-sangue

O privilégio de montar um puro-sangue

Um casal inglês, John Massey e Karen Vaile, aprende a montar em dois exemplares brancos do cavalo lusitano, no picadeiro coberto do Pátio do Arneiro. Fazem-no até domingo, durante uma semana, duas vezes por dia, sob a orientação do director técnico e monitor de equitação do Lusitanuus Turismo Equestre, SA, Francisco Cancela D’Abreu.

Partem no domingo e confessam a O MIRANTE que, numa semana, aprenderam mais que em toda a vida. Elogiam a inteligência, agilidade e poder do puro-sangue lusitano, um animal que corresponde de imediato.Chegaram pela primeira vez a Portugal quando, há um ano, lhes disseram que se queriam aprender a montar correctamente teriam que visitar o nosso país. O aniversário dos 25 anos da Escola Portuguesa de Arte Equestre conduziu-os à Golegã. Confessam que esperam um dia adquirir um cavalo lusitano mas, até lá, querem entender melhor o animal. As montadas estão também para venda.É assim durante todo o ano no Pátio do Arneiro e na manga grande ao ar livre. A empresa criada com o apoio de empresários, criadores de cavalo lusitano e pela Câmara da Golegã, ajuda o promover o puro-sangue no estrangeiro. Nesse mercado reside a grande aposta.Só em Dezembro e Janeiro há poucos clientes estrangeiros. No resto do ano vêm, especialmente em Setembro e Outubro, quando a cocheira do pátio está repleta. Para a Feira de São Martinho esperam-se umas 100 pessoas, 90 ingleses e dez dinamarqueses, apostados na vertente profissional e lúdica.“Os portugueses que aqui vêm tem entre 14 e 30 anos e possuem menos experiência com os cavalos. Os estrangeiros, entre os 30 e os 60 anos, apresentam maior experiência e um estatuto socio-económico elevado”, refere Francisco Cancela D’Abreu. Aos 27 anos, é o director técnico e monitor de equitação da Lusitanuus, uma sociedade anónima criada com o apoio da Câmara da Golegã, criadores do puro-sangue lusitano e empresas para ajudar à sua divulgação e comercialização. Durante as aulas observa a posição do cavaleiro, analisa a sua sintonia com o cavalo, ordena movimentos como o espádua-dentro (o cavalo segue de lado), o adiar, passagens de mão a galope, entre muitos outros.No pátio há seis quartos onde os instruendos podem ficar alojados. Do lado contrário ao picadeiro coberto fica espaço idêntico da Escola Nacional de Turismo Equestre, destinado a jovens na aprendizagem a montar a cavalo.

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