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Os livros, a música e o teatro

O professor Arquimedes fez o exame de admissão em Ourém depois de passar por várias escolas acompanhando as deslocações do pai que era responsável pela conservação da Junta Autónoma de Estradas (JAE). Acompanhou as primeiras romarias a Fátima na década de 30, mas nunca se deixou influenciar. “Ia para a Cova da Iria de bicicleta. Observar aquele fenómeno interessante que marcou a História de Portugal.”. Arquimedes Silva Santos nunca voltou a Fátima porque “não lhe diz nada”. Estudou Medicina em Coimbra onde terminou o curso depois de ter sido preso pela polícia política. Mais tarde especializou-se em Psiquiatria e depois de um grande investimento pessoal fez uma especialização na área infantil em França. Foi pioneiro da Pedopsiquiatria e da Educação pela Arte em Portugal. O professor, que desejava ser arquitecto em pequeno e leu a História da Arte aos 10 anos, dedicou-se às crianças com afecto aproximando-os das várias artes. A literatura e a música são duas paixões. Tem milhares de livros nas estantes da casa onde ainda guarda o primeiro aparelho de medir a tensão e o estetoscópio que usava para consultar os doentes. Gosta de música clássica e orgulha-se de ter sido aluno de piano do professor vilafranquense Emílio Lopes. Percebeu que havia outras notas na sua vida e dedicou-se de forma mais profunda à poesia, tendo escrito vários livros. Apreciador de Antero de Quental recorda com entusiasmo a primeira apresentação que fez da poesia Anteriana no antigo Grémio de Vila Franca. Fez teatro em Vila Franca e em Coimbra onde deu vida ao movimento cénico na comunidade estudantil. Foi nos palcos que se aproximou da mulher com quem sempre viveu e de quem tem duas filhas.

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