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Provedor critica Governo

Mudou muito em 450 anos a Misericórdia da Azambuja. E não foi só a Misericórdia da Azambuja que mudou. Mudaram todas. Li uma notícia sobre a central de compras que os hospitais públicos estão a criar, onde era dito que “as Misericórdias serão muito em breve o próximo parceiro do negócio”. Eu não sou ingénuo mas quando as Misericórdias passam a parceiras de negócios sinto-me desprotegido. O senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Azambuja pode ter carradas de razão mas mal vamos todos nós se as Misericórdias só puderem continuar o seu trabalho social. Pessoalmente gostaria de pensar que as Misericórdias não vão acabar no dia em que deixarem de ser parceiras de negócios ou deixarem de receber apoios do Estado. Numa altura em que o Estado Providência claudica seria um desastre que as Misericórdias não fossem capazes de apoiar os mais necessitados sem a perspectiva do lucro, serviço esse que está na génese da sua criação.Os tempos são outros, as necessidades são outras. Tal como no desporto já só existem amadores remunerados também no serviço social os voluntários passaram a ganhar a vida à custa do voluntariado. Até as Ligas de Amigos dos Hospitais exploram bares, têm empregados e candidatam-se a “Hospitais de rectaguarda” e outros serviços. Isso não me preocupa. O que me preocupa é ouvir “à boca pequena” que para quem nada tem escasseiam lugares nos lares de terceira idade e outras valências, ficando subentendido que há uma selecção feita com base na capacidade económica dos próprios ou das famílias.João Tiago Palma Serôdio Campos

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