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António Rodrigues ataca deputados nas Jornadas Parlamentares do PS

Discurso que abriu os trabalhos foi mal recebido
O presidente da Federação Distrital do PS quer que os deputados da Assembleia da República olhem também para a limitação dos seus mandatos e não se restrinjam só aos dos autarcas. “Há deputados que vão para lá (Parlamento) de calções e saem de lá de bengala”, disse António Rodrigues, usando o discurso de boas vindas das Jornadas Parlamentares socialistas, que tiveram início esta segunda-feira em Tomar, para lançar alguns ataques aos parlamentares. As palavras do também presidente da Câmara de Torres Novas provocaram desconforto na sala. Talvez por isso as palmas foram poucas no final do breve discurso e chegaram-se mesmo a ouvir alguns “piropos” menos próprios dirigidos a Rodrigues.Assim que se dirigiu ao palanque, António Rodrigues deixou logo o aviso de que a sua mensagem não seria agradável – “vou dizer aquilo que quero dizer, por muito desagradável que seja”, frisou o autarca. O dirigente socialista lamenta que o limite de mandatos tivesse só sido pensado para as autarquias, deixando de fora outros órgãos onde alguns políticos se vão mantendo “eternamente”. Lembrou ainda que os deputados devem aproximar-se das populações, para saberem “o que se passa no terreno”. “Olhem mais para fora e menos para a estrutura partidária”, avisa o presidente da distrital rosa.As Jornadas Parlamentares do PS tiveram início na segunda-feira com o discurso do líder da bancada parlamentar. Alberto Martins garante que a reforma do Parlamento estará em vigor a partir de 15 de Setembro, com o início da terceira sessão legislativa e apela à colaboração dos partidos opositores. Das várias propostas apresentadas pelos socialistas, destaca-se o reforço da capacidade de fiscalização por parte da Assembleia ao Governo e à Administração do Estado. Os socialistas vão apresentar uma proposta que obrigará o Governo a prestar contas “com maior regularidade”, através da presença calendarizada de todos os ministros no Parlamento e “impondo prazos mais apertados para resposta a perguntas e requerimentos dos deputados”.O último a falar aos deputados socialistas, no primeiro dia de jornadas, foi o presidente do PS. Num longo discurso, algumas vezes bem-humorado, Almeida Santos, sugeriu que a reforma do Parlamento em curso por proposta da bancada socialista se estenda ao Governo, pedindo para que o executivo central se esforce por funcionar com mais transparência.

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