ESPECIAL S.Martinho | 05-11-2014 12:44

Ir ver os cavalos à Golegã

Ir ver os cavalos à Golegã
Os meteorologistas não prevêem muitos dias de sol até dia 16 de Novembro, último dia da Feira Nacional do Cavalo. Mas também não adivinham grandes tempestades. Umas pinguinhas aqui, uns aguaceiros acolá. E o povo vai inundar a vila da Golegã, a tal que não quer ser cidade e que muito justificadamente se auto-denomina Capital do Cavalo.A Feira realiza-se desde 1571. Era a Feira de S. Martinho e continua a ser. A água-pé e o vinho novo sempre foram os maiores atractivos bem como as castanhas assadas e os petiscos. Local de convívio de gentes de todo o país. A designação Feira Nacional do Cavalo juntou-se à designação inicial, já lá vão trinta e nove anos. Depois começaram a aparecer muitos estrangeiros e há dezasseis anos o Cavalo Lusitano ganhou relevo na designação do certame. Vêm compradores de cavalos de várias zonas do globo. A maior parte das actividades da Feira decorre no Largo do Arneiro. É ali e nas zonas adjacentes que circula a multidão e onde se instala o comércio. Restauração, artesanato, vestuário, produtos tradicionais e utilitários e produtos ligados ao sector agrícola. A velha feira onde se iam comprar materiais para a agricultura não morreu. Os antigos vendedores ciganos não vendem cavalos de trabalho mas vendem outros cavalos a quem não tem dinheiro para comprar cavalos de raça pura.Mas a Feira agora alargou-se para outros espaços. Para o Hippos - Centro Nacional de Alto Rendimento de Desportos Equestres. É ali que decorrem algumas das mais importantes provas hípicas. Na Quinta da Labruja, fora da malha urbana, também se realizam provas hípicas. A Quinta dos Álamos recebe o Baile da Jaqueta no dia 14 a partir das oito da noite. O Equuspolis acolhe as sessões técnicas. Debates, conferências, workshops, reuniões, apresentações públicas de projectos ligados a actividades equestres. O ténis não é desporto hípico mas tem lugar na Feira há dezasseis anos. Este ano disputa-se mais um Open - Golegã FNC. Os Romeiros de São Martinho fazem o seu cortejo anual no dia do santo, 11 de Novembro. Partem da Porta de Fernão Lourenço às 12h30 e seguem pelo campo depois de uma paragem da Igreja Matriz para a bênção.Os reis da festa são os cavalos, os cavaleiros e as amazonas. Numa época de novas tecnologias e modernos meios de transporte, a Feira da Golegã é o local certo para retornar a uma época que já só existe naquele local e nos breves dias da Feira. E as famílias passeiam-se felizes pelas ruas no meio do vozear e do som de ferraduras a bater no empedrado das ruas. O programa completo da Feira até pode estar disponível num qualquer cartaz à porta de um restaurante típico, junto à baia onde se podem prender os cavalos mas há sempre forma de o consultar à distância entrando no site da câmara municipal que este ano reassumiu por completo a organização. Não é preciso fazer estalar a ponta de nenhum chicote. Basta um click em http://fnc.cm-golega.pt e a relação de todas as actividades aparece a trote ou a galope no ecrã do seu computador, tablet ou smartphone, dependendo da velocidade de internet de que dispõe.

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