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Contra a violência exercida sobre doentes e familiares

Lamento e reprovo as agressões físicas a médicos, enfermeiros e outras pessoas que trabalham em centros de saúde e hospitais. Lamento e reprovo porque a violência só agrava os problemas e porque são conhecidas as condições de stress e sobrecarga impostas a uma parte significativa desses profissionais (não digo todos porque há alguns que estão à boa vida). No entanto, para ser completamente sincera, só o facto de ser uma pessoa paciente, de temperamento não violento e com a noção muito viva do que acabei de escrever sobre os efeitos perversos do recurso à violência, me tem impedido de fazer o mesmo em determinadas, mas felizmente raras, circunstâncias.
Uma coisa é os médicos e enfermeiros poderem estar a passar por situações profissionais complicadas mas outra bem diferente é tratarem os doentes, acompanhantes e familiares com rudeza, falta de humanidade, arrogância provocatória, desprezo profundo e com recurso a violência verbal.
O intuito desta minha carta é incentivar todos os utentes dos serviços de saúde a manterem a calma e a recorrerem aos livros de reclamações e até ao envio de exposições, não para as chefias desses serviços que tudo irão encobrir e desculpar, mas a outras instâncias. Recordo que, se não estou em erro, há um período de trinta dias para reclamar. Fixem o nome da pessoa e reclamem sempre. Ao fazerem isso estão a ajudar a melhorar o serviço e a ajudar os bons profissionais que são a grande maioria.
Beatriz Melão

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