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Obras ficam por fazer por não terem comparticipação comunitária

É bom que olhemos para estas notícias quando começarmos a falar em sair da União Europeia. E é bom que acompanhemos com muita atenção o referendo sobre a permanência ou saída do Grã-Bretanha. Ao contrário de alguns partidos, que lançam poeira sobre a perda da nossa independência na altura em que entrámos para a então CEE (Comunidade Económica Europeia) e que falam dos “serventuários” e “apaniguados” da tecnocracia de Bruxelas e da ditadura da Comissão Europeia, eu acho que estamos bem onde estamos. Primeiro, porque fomos nós que pedimos para lá estar e porque temos voto na matéria. Não somos meros paus mandados. Os problemas que existem têm a ver connosco e com a escolha que fazemos dos nossos representantes.
O Parlamento Europeu é eleito directa e democraticamente. Os países pequenos e médios têm aí uma representação superior à que lhes caberia em termos proporcionais. O presidente da comissão europeia, o colégio inteiro da Comissão e o programa de acção da mesma têm que ser aprovados pelos deputados que todos os cidadãos europeus elegeram e a Comissão responde perante os deputados em debates e votações sucessivos e pode até ser deposta por uma moção de censura.
Isto é democracia e pode ser aperfeiçoada. Tem sido aperfeiçoada. Mas eu compreendo que exista quem se dê mal com a democracia e prefira o “orgulhosamente sós”. Mas esses que se preparem para gerir o Estado, incluindo as autarquias, sem fundos comunitários e sem a almofada que dá a nossa posição como membros da União Europeia. Mas não é só querer benefícios.
João Natário Vendas

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