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Os pais e o próprio Estado não forçam os jovens a procurar a sua independência

O professor Carlos Cupeto pergunta, a certa altura do seu artigo de opinião desta semana, intitulado “Preguiçosos ?”, o seguinte: “Por que razão no actual contexto de falta de trabalho (?), depois de uma entrevista para uma excelente oportunidade laboral, a candidata vai para casa pensar?” Uma parte da resposta deu-a o Governo há dias quando anunciou a intenção de alargar a ADSE, o subsistema de Saúde dos funcionários públicos, aos filhos dos mesmos, até aos 30 anos. Adultos a viver em casa dos pais e à custa dos pais até aos 30, 40 e mais anos já havia imensos. Agora é o Estado que aparece com medidas destas destinadas a desincentivar a procura de emprego e o assumir de responsabilidades. Uma jovem como essa retratada no artigo é um bom exemplo daquilo que andamos a fazer aos nossos jovens. É verdade que nem todos são moles, preguiçosos, calaceiros e comodistas mas há cada vez mais e isso devia ser motivo de preocupação. Estar em casa dos pais ou sob a asa protectora dos mesmos é muito cómodo e aconchegante mesmo quando se trabalha. A mãe cozinha, passa a ferro, acorda-os para ir trabalhar já com o pequeno-almoço na mesa, o pai vai buscá-los à estação de comboio ou ao emprego, empresta o carro, etc...etc... Antes não era assim. Criava-se muito cedo a necessidade de ganhar asas, ser independente, sair de casa dos pais. Os pais incentivavam-nos...a bem e, às vezes, a mal porque não queriam ter filhos atados, rotulados de inúteis, ou meninos da mamã, por perto. Muito mais há para dizer, infelizmente. Pais e governantes têm que ajudar a resolver isto. A bem dos jovens e do país.
Renato Neto

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