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“As melhores oportunidades do mercado de trabalho colocam-se aos mais qualificados”

“As melhores oportunidades do mercado de trabalho colocam-se aos mais qualificados”

José Frias Gomes, responsável pelos pólos de Santarém e Sines do Cenfim. Formado em Engenharia Agronómica, José Frias Gomes é desde Julho o responsável pelo pólo de Santarém do CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, instituição onde vem exercendo funções há perto de onze anos. Trabalhou ainda em diversos organismos públicos e privados.

A formação profissional serve para arranjar emprego? Quem procura formação no Cenfim vem essencialmente à procura de uma profissão, onde se possa realizar não só profissionalmente mas também ao nível pessoal, num quadro de inserção e procura de contributo para o colectivo. Hoje em dia quem pretende aceder ao mercado de trabalho deverá estar atento à circunstância de que uma boa qualificação é a base mais segura para acesso a um melhor nível de oportunidades. A falta ou um baixo nível de qualificações, tende a remeter-nos para contextos em que, ou há carência de emprego ou o que existe têm prémios remuneratórios e possibilidades de desenvolvimento fortemente limitados.
O Cenfim dá formação numa área específica (Sector Metalúrgico, Metalomecânico e Electromecânico). A ideia que se tem é que este sector tem vindo a crescer embora lentamente. É assim? Sim o sector está a crescer consistentemente. Evidencia-se pela procura que temos tido por parte das empresas em novos colaboradores, bem como pela empregabilidade total dos nossos formandos.
É de relevar a circunstância de este sector ser um dos pilares de sustentação das exportações nacionais em matéria de bens transaccionáveis, mas não só, também no que respeita a serviços, nomeadamente de manutenção. A metalúrgica e da electromecânica, sector de base onde nos posicionamos, engloba subsectores que vão desde a concepção, fabricação e manutenção de bens de equipamento, nomeadamente maquinaria pesada ou ligeira, de suporte à própria actividade industrial do sector ou de outros sectores, como é o caso do sector da saúde, energia, transportes, destacando aqui o sector automóvel ou mesmo construção aeronáutica. Por outro lado, no domínio dos serviços, fortemente associados a actividade industrial, mas não só, recordemos a manutenção de equipamentos em edifícios e grandes instalações, emerge a área da manutenção, actividade transversal, imprescindível, igualmente de forte diferenciação e valor acrescentado.
Resumindo diria que estamos perante um sector de referência em matéria de elevados padrões de diferenciação técnica, exigência esta decorrente da sua forte exposição internacional, na medida em que se trata de um dos principais sectores exportadores da economia, quer em matéria de bens, quer na prestação de serviços.
Quem mais procura a formação do Cenfim? Empresas ou particulares? O Cenfim tem uma íntima ligação às empresas e ao tecido produtivo. Foi para isso que foi instituído e é isso que o justifica e lhe garante continuidade. As empresas, seja qual for a sua dimensão, são os pilares da economia, criam valor e suportam o enriquecimento social e económico, pelo que têm que merecer atenção muito especial, nomeadamente no domínio da resposta em matéria de apoio a soluções de qualificação dos activos humanos. São as empresas quem mais nos procura para formar os seus colaboradores, mas também, em muitos casos, na procura de novos colaboradores com adequados níveis de qualificação. A formação de jovens, sobretudo no âmbito do sistema de aprendizagem, parcerias com as escolas, principalmente no apoio ao desenvolvimento de componentes tecnológicas de cursos profissionalizantes, bem como a formação a activos desempregados, são igualmente dimensões críticas do nosso trabalho.
Desenvolvemos acções formativas que possibilitam às empresas melhorar as qualificações dos seus ativos, aos nossos formandos um (re)ingresso no mercado de trabalho, com um adequado “equipamento” técnico e comportamental, conjunto de ferramentas essenciais ao respectivo sucesso em termos de empregabilidade.
Qual o nível de empregabilidade dos vossos formandos? O nível de empregabilidade ronda claramente a totalidade dos nossos formandos. Esta realidade tem a ver com o facto de desenvolvermos processos de qualificação para o sector, produção ou serviços, sendo essa formação realizada com elevadíssimos padrões de qualidade técnica, sem descurar a componente comportamental, neste caso com um forte foco no cumprimento dos compromissos e assunção de responsabilidades, a par de uma grande ambição na melhoria contínua.
Fala-se muito da emigração entre licenciados de determinadas áreas (enfermagem, engenharia...) tem alguma noção da procura de trabalho noutros países por parte dos vossos formandos? Actualmente temos vários grupos de formandos envolvidos em processos de âmbito transnacional, o que lhes possibilita reforçar níveis de saber a par de melhorados níveis de mundividência, por via da experienciação de vida em quadros multiculturais diversos. Pessoalmente penso que estas experiências são incontornáveis, constituindo-se no final um reforço de capital de saberes e competências que pode ser disponibilizado à economia portuguesa.
Aliás esta preocupação de qualidade na formação de desenvolvimento integral dos indivíduos encontra-se amplamente espelhada nos múltiplos prémios nacionais e internacionais, seja de âmbito europeu ou no contexto mundial, que os nossos formandos vêem conseguindo, nos múltiplos concursos de profissões em que participam.
Quais as perspectivas que tem para o futuro do Cenfim Santarém? O valor do Cenfim é aferido pelas empresas, pelos nossos parceiros e pelos milhares de profissionais que até hoje passaram ou ainda se encontram em formação nesta casa. Somos uma entidade de referência no mundo da formação, designadamente para a indústria e serviços associados, pelo que a nossa via para o futuro é estar com as empresas portuguesas, como parceiro fundamental no desenvolvimento de qualificações, com as empresas de países terceiros, nomeadamente PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), bem como dar, em permanência, o reconhecido contributo ao progresso do sistema de educação e formação do nosso pais, dando cumprimento à nossa missão, baseada no protocolo que nos institui, celebrado em Janeiro de 1985. Assim sendo a nossa formação vai continuar focada na qualidade, procurando adaptar-se continuamente às reais necessidades das empresas e da economia.

“As melhores oportunidades do mercado de trabalho colocam-se aos mais qualificados”

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