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O caso das ervinhas que fazem alergiazinhas mentais

Sempre me irritou o desleixo mas irrita-me mais a estupidez e a falta de bom senso associadas a um certo histerismo de rede social que está a contaminar aos poucos os jornais e os jornalistas. Falo da ervinha no passeio ou nos canteiros não cuidados dos jardins que ainda não foram cimentados ou tapados com calçadinha portuguesa. Quando certas pessoas elegem como assuntos principais esses assuntos de treta, ou não têm mais nada para criticar e isso é sinónimo de que está tudo bem ou estão a ficar vesgas e não olham para o que é realmente importante.
Volto a dizer que me irritam passeios cheios de lixo e ervas ou terrenos e jardins com matagal a esmo. Do que estou a falar é daquela ervinha que de um dia para o outro brotou entre os intervalos de dois cubuzinhos de calcário de uma calçadinha à portuguesa e que, pelos títulos de jornal ou alarme das redes sociais, parece ter causado apoplexias medonhas a pessoas de exagerada sensibilidade. E ervinha está mal ali? Está? É motivo para tanto alarido? Não.
Já não falo de assuntos europeus ou mundiais que nos estão e vão tramar a vida porque desses ninguém quer ouvir falar. Já não falo de uma possível tempestade de austeridade que nos pode vir a cair em cima se o Governo não arranjar solução para certos problemas. Falo de ruas esburacadas, equipamentos a deteriorarem-se, falta de investimento com a consequente falta de emprego, gastos inúteis em troços de ciclovias que terminam abruptamente ao fim de 100 ou duzentos metros e por onde não passa uma bicicleta durante dias, por exemplo. E agora insultem-me que eu não me importo. Vou ali abaixo arrancar uma ervinha que despontou...
João Reinaldo da Fonseca

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