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Venda de O MIRANTE por assinatura faz com que a procura nos quiosques seja menor

Venda de O MIRANTE por assinatura faz com que a procura nos quiosques seja menor

Papelaria Condes em Abrantes - Rua 17 Agosto 1808-3

A Papelaria Condes fica no centro histórico de Abrantes, na rua 17 de Agosto, a poucos metros da Escola Superior de Tecnologia. Vitor Conde, de 72 anos, está à frente do negócio da família há trinta anos. Tem como sócias a esposa e as duas filhas. Diz que o negócio já viu melhores dias. “A cidade está a morrer e o centro histórico, por muito que façam, nunca mais será o que era”, sentencia, sublinhando que as grandes superfícies comerciais deslocaram o negócio para a periferia da cidade, atraindo os novos consumidores.
Os jornais ainda se vendem mas muito menos do que se vendiam há alguns anos. As pessoas lêem menos e ainda menos em papel, optando cada vez mais por darem uma vista de olhos aos jornais online e a outros sites com informação. Os poucos exemplares que vende são comprados pelos clientes mais velhos. Até as revistas sociais com as suas fofocas e escândalos perderam leitores.“A Flash desapareceu há três semanas. Agora é só online”, lembra, a propósito.
Apesar da quebra nas vendas, os jornais e revistas ainda vão chamando clientes que muitas vezes acabam por comprar outros produtos. “Embora a margem de lucro seja exígua, o jornal é sempre necessário”, defende Vitor Conde.
No caso de O MIRANTE, o facto de ser vendido por assinatura e a distribuição semanal gratuita com o Expresso acabam por justificar a baixa procura. A colocação de anúncios também é pouca, lamenta. Os clientes também já não gastam muito tempo a conversar sobre as novidades da terra. Entram, compram e vão embora.
Antes de arriscar o seu próprio negócio, Vitor Conde trabalhou nove anos numa antiga papelaria igualmente no centro histórico de Abrantes. Quando saiu foi para se dedicar ao regime ambulatório de venda de material de papelaria em escritórios e escolas. O que, segundo ele, mantém de pé a Papelaria Condes é o comércio de livros escolares, explica, apesar de mesmo aí ter havido quebras, devido à política de reutilização dos manuais escolares, às vendas online e à concorrência dos hipermercados. “Neste ano lectivo sofri uma quebra de cerca de 13 mil euros na venda de manuais escolares”, confessa.
Vitor Conde tem uma segunda loja nas Galerias Camões, vocacionada para as belas artes à qual se poderia dedicar em exclusividade se conseguisse trespassar a papelaria mas tal coisa parece-lhe para já uma miragem.

Venda de O MIRANTE por assinatura faz com que a procura nos quiosques seja menor

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