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Vila Franca de Xira não afasta hipótese de atribuir apoio extraordinário ao teatro
DÚVIDAS. Alexandre Lyra Leite, responsável da Inestética, questionou o executivo sobre os cortes no financiamento

Vila Franca de Xira não afasta hipótese de atribuir apoio extraordinário ao teatro

Depois do Cegada também a Inestética questionou o executivo sobre o assunto. Problema dos novos modelos de financiamento ao teatro profissional e amador em Vila Franca de Xira continua.

A Câmara de Vila Franca de Xira admite vir a estudar a possibilidade de atribuir um apoio extraordinário este ano às companhias de teatro profissional do concelho para estas cumprirem com a programação e os objectivos a que se propuseram no início do ano. Programação essa que, na sua maioria, tiveram de cancelar devido ao que dizem ser os cortes ao financiamento por parte da câmara.
“Isto de distribuir dinheiro sem critérios não pode ser. Em próximo momento, na sequência das reuniões que estamos a ter com os grupos de teatro, poderemos trazer uma proposta nesse sentido [de apoio extraordinário], mas apenas com uma boa fundamentação e discussão”, vincou Alberto Mesquita, presidente do município.
O autarca respondia a Alexandre Lyra Leite, responsável da companhia Inestética, uma das que se queixa de ter visto cortado o seu financiamento e que anunciou, há três meses, a suspensão das actividades que tinha previsto para o Palácio do Sobralinho. Aproveitando o facto da última reunião pública de câmara se ter realizado no palácio, o responsável do grupo não perdeu a chance de questionar o executivo sobre o problema. “Os grupos, profissionais e amadores, são unânimes ao afirmar a desadequação dos apoios. É injusta a atribuição dos mesmos critérios para ambos”, afirmou, lamentando a actual situação da Inestética, que disse ser “de ruptura financeira” e “incapacidade para assumir os seus compromissos” até final do ano. Recordou ainda que nos últimos 12 anos o financiamento total da Inestética por parte do município caiu dos 50 mil euros para os actuais 11 mil euros.
Já noutras reuniões de câmara também a companhia teatral Cegada se queixou do mesmo e questionou o executivo sobre os cortes do financiamento, que também os forçaram a cancelar parte da programação prevista para este ano.
O município insiste que este ano houve mais dinheiro alocado ao financiamento aos grupos de teatro concelhio – 96 mil euros – só que distribuídos em vários “pacotes de financiamento” a projectos e não apenas à actividade regular, pacotes a que, diz a câmara, as companhias profissionais não se candidataram.
Pelo terceiro ano consecutivo a atribuição de apoios às companhias profissionais de teatro do concelho levanta polémica e Alberto Mesquita já tinha confessado que as críticas dos grupos “não são justas” para a câmara.

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