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Cheira a queimado na Chamusca e festeja-se o jackpot do Euromilhões em Abrantes

Magistral Manuel Serra d’Aire
Nos últimos tempos tem cheirado muito a esturro ali para as bandas da Chamusca. Desde que as armas roubadas em Tancos apareceram misteriosamente nesse concelho que as coisas nunca mais foram as mesmas. Aliás, esse caricato episódio parece ter contaminado alguns dos agentes locais, nomeadamente o presidente da câmara Paulo Queimado, que desde aí tem vivido alguns momentos menos felizes. Ao ponto de, recentemente, ter sido rejeitado (ou queimado) pelos seus pares para ficar à frente da nova empresa intermunicipal da área dos resíduos que vai suceder à Resitejo.
Provavelmente, os outros autarcas ribatejanos ficaram pouco impressionados com o desempenho de Queimado à frente de outra associação de municípios, a que é proprietária da Colónia Balnear da Nazaré e que deixou chegar o edifício a um estado lastimável. Tão lastimável que o presidente da Câmara da Nazaré ameaça tomar posse administrativa do imóvel caso não sejam feitas obras urgentes. Porque um pardieiro em pleno centro da Nazaré não é grande cartão de visita para a vila turística...
Abriste o teu último email abordando as questões ambientais e eu não posso fugir ao tema depois de ter lido que um eleito da CDU na Assembleia Municipal de Tomar gastou cerca de 350 euros em fotocópias para imprimir um calhamaço sobre um processo qualquer que tinha sido disponibilizado em formato digital. Podem “Os Verdes”, que integram a coligação CDU, não ter gostado muito da brincadeira, porque tal resma de fotocópias deve ter roubado a vida a um par de viçosos eucaliptos, mas eu acho muito bem que o dito autarca exija documentação em papel para cada uma das bancadas da assembleia.
Essa coisa de partir do princípio de que toda a gente tem (ou pode/quer ter) computador, tablet, iphone ou smartphone; ou que toda a gente tem, obrigatoriamente, de saber lidar com as manhas da informática parece-me precipitada. Numa época em que tanto se fala da defesa das minorias, dos animais e por aí fora, deve exigir-se que se zele igualmente pelos direitos dos info-excluídos ou de quem, pura e simplesmente, recusa subjugar-se à ditadura cibernética.
Também eu fiquei em pulgas com a recuperação da ideia de criar um parque temático na Barquinha. É verdade que a coisa já é falada há uma vintena de anos, pelo menos; é verdade que o conceito agora mudou e os promotores também; é verdade que o mundo mudou muito desde então; mas eu não mudei um milímetro e tenho o terrível defeito de ser como São Tomé: ver para crer! Por isso, cá fico à espera, sentado, com os foguetes ao lado, prontos a lançar. Mas se também este projecto ficar pelo caminho, deixo já uma sugestão gratuita e original: criem na região um parque temático dedicado aos inúmeros projectos gorados que nunca saíram do papel, Começando, obviamente, pelos parques temáticos da Barquinha, de Tomar, de Santarém...
Uma palavra final para a dança das cadeiras em Abrantes. Uma remodelação do Governo por causa das eleições europeias elevou a presidente da Câmara de Abrantes à categoria de secretária de Estado e o vereador Manuel Valamatos ao cargo de presidente do município. Na semana passada, o jackpot do Euromilhões saiu em Abrantes!
Um emoji sorridente do
Serafim das Neves

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