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Lagartas do pinheiro atormentam moradores junto ao Hospital de Santarém
Rosa Fernandes necessitou de cuidados médicos depois de ter estado em contacto com a lagarta do pinheiro

Lagartas do pinheiro atormentam moradores junto ao Hospital de Santarém

Insectos agarram-se às roupas estendidas e sobem pelas paredes dos prédios.

A presença de processionárias (também conhecidas por lagartas do pinheiro) em duas árvores situadas na Rua Dr. Joaquim Duarte Gonçalves Isabelinha, em Santarém, junto ao hospital da cidade, está a dar dores de cabeça aos moradores da zona. A situação tem vindo a piorar nas últimas semanas e as queixas sucedem-se porque as lagartas aproveitam as roupas estendidas e as janelas abertas para se introduzirem nos apartamentos. Alguns moradores já deixaram de pendurar a roupa no estendal e abrir janelas.
Contactado por O MIRANTE, o vereador da Câmara de Santarém Jorge Rodrigues admite que a autarquia já recebeu algumas queixas de munícipes devido à presença da lagarta do pinheiro. A última situação registava-se na Rua do Parisal, perto da Escola Básica 2,3 D. João II. Nesse caso, contou, a autarquia enviou uma equipa que, primeiro, cortou as ramagens dos pinheiros que estavam afectados, e depois recolheu os ninhos dos insectos e queimou-os.
Em relação à situação próxima do hospital, o autarca com o pelouro dos espaços verdes admitiu que não tinha conhecimento, mas iria proceder da mesma forma. “Temos de estar atentos e continuar a resolver os casos o mais celeremente possível”, confessou.
Rosa Fernandes tem 56 anos e, por residir no rés-do chão, é uma das mais afectadas pelos insectos. Na semana passada estendeu os lençóis, como habitualmente, no seu estendal e recolheu quando eles estavam secos. Foi no dia seguinte, depois de ter feito a cama com aqueles lençóis, que começou a ter muita comichão e a aparecer-lhe manchas avermelhadas pelo corpo. Deslocou-se ao Hospital de Santarém para ser assistida e foi aí que a médica que estava de serviço lhe disse que aquela alergia era proveniente de algo com que a sua pele esteve em contacto.
“Ao início achei estranho porque não fiz nada de diferente até que, no tapete da minha gata, encontrei uma lagarta do pinheiro e outra ao pé da janela. Presumi logo o que tinha sido”, contou a funcionária do Hospital de Santarém, apontando para os vários ninhos de lagartas do pinheiro que se encontram nas árvores que estão paredes-meias com o prédio onde vive. “Se retirassem estes pinheiros, era o melhor que faziam”, diz.

Lagartas são tóxicas
Segundo a Direcção-Geral de Saúde (DGS), este tipo de insecto impõe uma vigilância constante e combate urgente e atempado em ambiente urbano, já que liberta no ar milhares de pêlos urticantes à medida que se desloca, podendo causar graves reacções alérgicas nas pessoas e nos animais e, em casos extremos, a morte.
Como prevenção da praga, a DGS aconselha o uso de insecticidas nas primeiras fases de desenvolvimento das lagartas – geralmente entre Setembro e meados de Novembro – e a destruição dos ninhos até finais de Dezembro.

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