O prazo de pagamento da Câmara de Azambuja aos seus fornecedores é exemplo para os restantes 307 municípios do país. Segundo a lista divulgada pela Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), no último trimestre de 2018 este município ribatejano saldou as suas obrigações financeiras aos fornecedores no próprio dia. Já em 2017 havia dado provas do seu excelente desempenho financeiro, demorando apenas um dia a regularizar a situação.
Luís de Sousa, presidente do município de maioria socialista, aproveitou a última reunião do executivo para expressar a sua satisfação e dizer que é motivo de orgulho ter Azambuja a liderar o ranking dos municípios portugueses. “Somos o município que está no caminho certo”, apontou. Também o vereador da oposição, Rui Corça (PSD), felicitou a autarquia por regularizar no próprio dia os seus compromissos.
Já em 2018, o município de Azambuja tinha sido certificado pelo movimento Compromisso Pagamento Pontual como uma entidade que paga aos seus fornecedores a tempo e horas, tendo em conta prazo médio de pagamento referente a 2017. Este movimento iniciado pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), que conta com a parceria de organismos como o IAPMEI, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Apifarma e a Caixa Geral de Depósitos, reconhece, todos os anos, entidades que contribuem para a melhoria da saúde e credibilidade da economia portuguesa.
Outro município que demonstra uma tesouraria municipal saudável é a Chamusca, ocupando o décimo lugar no ranking, demorando em média, apenas um dia a pagar. Almeirim e Vila Franca de Xira estão entre os 30 primeiros lugares com prazos médios de pagamento de três e quatro dias, respectivamente.

Municípios ribatejanos na lista negra
Se em Azambuja os fornecedores não têm de esperar nem um dia para receber, noutros municípios ribatejanos o caso muda de figura. No topo da lista negra surge Alpiarça que demora em média 264 dias, ou seja, os fornecedores têm de esperar quase nove meses para receber. De acordo com a listagem da DGAL, este município foi piorando o seu desempenho ao longo de 2018, sendo que entre Janeiro e Março desse ano demorava menos 92 dias a pagar, comparativamente com os meses de Outubro a Dezembro. Em 2017 o cenário era menos problemático, com o prazo médio a fixar-se nos 165 dias.
A Golegã só consegue pagar ao fim de 125 dias e o Entroncamento em dois meses. Tomar, apesar de ocupar um dos 20 piores lugares da tabela, regista uma ligeira recuperação face a 2017 (193 dias), estando a pagar aos fornecedores em 153 dias. A média de pagamento dos 308 municípios portugueses é de 31 dias.