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Mercado da Póvoa cheira a esgoto e vendedores temem pelo negócio
Maus cheiros têm incomodado clientes e comerciantes do mercado da Póvoa de Santa Iria

Mercado da Póvoa cheira a esgoto e vendedores temem pelo negócio

Entopimentos frequentes no escoamento de águas causam maus cheiros. Queixosos já expuseram o caso à Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e pretendem uma solução urgente, antes que o negócio morra. A autarquia diz que vai melhorar as condições do recinto mas não diz quando.

Quem vai comprar peixe fresco ao mercado semanal da Póvoa de Santa Iria, que se realiza às sextas-feiras, nota com facilidade o mau cheiro que se faz sentir junto às bancas dos vendedores. Descontentes com as más condições em que trabalham, os vendedores já pediram à Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa que resolva os entopimentos de águas, a canalização deficiente e o sistema de escoamento da água, que é manifestamente insuficiente, fazendo com que o chão do pavilhão, às primeiras horas da manhã, já esteja encharcado. A situação, dizem os vendedores, já vem desde a construção daquele espaço, que não foi devidamente preparado para a actividade à qual está destinado.
O cheiro nauseabundo é o principal motivo de queixa, uma vez que para além de afastar os clientes põe em causa a saúde pública. A vendedora Emília Letra já fez vários pedidos à junta de freguesia, mas diz que desde a abertura do pavilhão, há quatro anos, nada tem sido feito para melhorar as condições que se agravam de dia para dia.
“Tenho de andar a carregar baldes de água que coloco debaixo da banca, porque sempre que abro a torneira a água escorre directamente para o chão. Pior é que já apanhei uma infecção respiratória por estar a trabalhar nestas condições”, diz a
O MIRANTE. Também Maria Adelaide Araújo está incomodada com a situação e afirma que já foi várias vezes à junta de freguesia queixar-se.

Mau cheiro “vai-nos matar o negócio”
Para além das questões de higiene e saúde, a situação está a causar prejuízo aos vendedores, que pagam uma mensalidade para todas as sextas-feiras ali venderem o seu peixe. “O negócio em feiras e mercados já está a cair por si só, e com estas condições mais rapidamente se extingue. Eu, nestas condições, também não vinha aqui comprar peixe, por mais fresco que fosse, para ter de ficar com os pés encharcados e ter de levar com este cheiro que tem dias que é insuportável”, lamenta o vendedor João Francisco.
Conceição Figueiredo, uma freguesa que ouve a conversa, enquanto escolhe o peixe, confirma: “O cheiro a fossa é de facto horrível e já há mesmo quem tenha deixado de entrar aqui. Então se vierem de chinelos é para sair daqui com os pés molhados e a cheirar mal”.

Prometidas melhorias no escoamento de águas
Contactada por O MIRANTE, a junta de freguesia diz que está ao corrente da situação e a desenvolver procedimentos “com o objectivo de melhorar as canalizações existentes”. Não se compromete, porém, com uma data de previsão para o início dos arranjos.
O presidente da autarquia, Jorge Ribeiro (PS), reconhece a necessidade da intervenção devido ao entopimento frequente dos canos, atribuindo as causas às escamas e vísceras do peixe que facilmente se infiltram no sistema de águas. O autarca explicou ainda que, sempre que há um entopimento, os SMAS - entidade responsável pela água e saneamento no concelho de Vila Franca de Xira - resolvem o problema com celeridade.

Mercado da Póvoa cheira a esgoto e vendedores temem pelo negócio

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