Sociedade | 17-01-2005 11:16

Igreja critica exploração no arrendamento a imigrantes

Várias organizações católicas que trabalham com imigrantes acusaram domingo, em Fátima, vários proprietários de explorarem os imigrantes, arrendando a preços exageradamente elevados residências com poucas condições.Preços elevados, falta de condições, precariedade dos contratos e imposições diversas foram algumas das matérias denunciadas por dirigentes da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) e de várias estruturas católicas associadas.Depois da criação de bairros com imigrantes africanos, os centros das cidades começam agora a crescer com o arrendamento a imigrantes de leste que "são explorados" pelos proprietários, sublinhou o padre Rui Pedro, director da OCPM.Já "não surgem novos bairros", mas agora "os imigrantes sujeitam-se a cubículos, anexos, casas sem condições, onde o contrato de arrendamento não é feito", adiantou.Durante o 5º Encontro Nacional de Apoio ao Imigrante, foram denunciadas situações em que os proprietários foram às habitações "tirar as sanitas para a pessoa sair à força".Para o director da OCPM, "o arrendamento em Portugal está desgovernado e desregulado" e em casas menores que um T1 existem registos de rendas por 450 euros, em que é "o senhorio que escolhe quem é que lá põe" a dividir a habitação.Por seu turno, Eugénio Fonseca, presidente da Caritas Portuguesa, considerou que em Portugal existe uma legislação para o sector que "é preciso rever", mas "estas pessoas estão mais vulneráveis", porque "carentes" como são, estão "expostas a toda a panóplia de injustiças que esta lei do arrendamento permite".Por outro lado, Eugénio Fonseca reconheceu que as relações de vizinhança são difíceis em alguns casos, porque os imigrantes tentam "transportar o seu país" e a cultura nacional para as suas casas.

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