Sociedade | 03-03-2005 11:07

Teimosia mantém família no anexo de um bar

Uma família de três pessoas vive em condições precárias num anexo do bar do campo de futebol da Golegã. O agregado já tem uma casa nova à espera, mas não larga o local sem ser ressarcido do dinheiro que investiu há anos quando tomou o bar de trespasse.Há cerca um ano que Maria da Graça Alcobaça, 58 anos, arrumou os seus haveres e espera que lhe seja permitida a mudança para a prometida casa de habitação social que lhe foi atribuída pela Câmara da Golegã. Mas, até à data, ela e os dois netos continuam a viver em condições bastante precárias no bar do campo do futebol das Ademas, na GolegãA falta de condições do edifício é notória e os poucos recursos financeiros deste agregado familiar foram suficientes para que os responsáveis autárquicos decidissem atribuir-lhe uma casa de habitação social. O atraso na entrega deve-se a um desentendimento entre Maria da Graça Alcobaça e a câmara municipal. O presidente da autarquia, Veiga Maltez (PS), entende que a chave da nova habitação só deve ser entregue à munícipe quando esta deixar o bar do Clube de Futebol Goleganense, a quem sempre pagou uma renda mensal. “A senhora dá-nos as chaves do bar e nós entregamos-lhe, na mesma hora, a chave do apartamento”, garante o autarca. Só que Maria da Graça não aceita a proposta. Diz que sai do bar, mas primeiro quer ser ressarcida do dinheiro que gastou há 16 anos para pagar o trespasse do espaço. “Eles dão-me 1.500 contos e eu vou-me embora”, afirma. A moradora defende que o bar não é apenas a sua habitação, mas também o seu meio de vida nos últimos anos. Mais desenvolvimentos na edição semanal.

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