Sociedade | 23-03-2006 10:03

Póvoa e Forte da Casa disputam GNR

Chove como na rua no posto da GNR da Póvoa de Santa Iria. O presidente da junta do Forte da Casa comprometeu-se a realojar a GNR com dignidade na sua freguesia, mas o autarca da Póvoa não abre mão e vai fazer tudo para ficar com a Guarda na sua cidade.O posto da GNR da Povoa de Santa Iria, há muito que não oferece as condições mínimas de trabalho e habitabilidade aos cerca de três dezenas de militares ali colocados. A semana passada o presidente da Junta de Freguesia do Forte da Casa denunciou o estado “miserável” das instalações e comprometeu-se a alojar a Guarda na sua freguesia. O presidente da vizinha Póvoa, não quer deixar sair a GNR e está disponível para custear as obras de recuperação do posto que é responsável pelo policiamento de uma área com 43.600 habitantes nas duas freguesias.Instalado “provisoriamente” há vários anos no número 1 da Avenida Antero de Quental, na Quinta da Piedade, o posto tem várias dependências repletas de humidade devido às infiltrações do terraço e, por vezes, chove mesmo dentro do posto, entrando a água da chuva pelas clarabóias. António José Inácio, presidente da Junta de Freguesia do Forte da Casa, levou o assunto à última reunião de câmara, no dia 15 de Março na sua freguesia, sugerindo à presidente Maria da Luz Rosinha que, em colaboração com os presidentes das duas freguesias, exijam ao governo a construção “urgente de um novo quartel que dignifique esta força de segurança”.O autarca recordou que há um terreno disponível entre a Rua Batista Pereira e a rotunda dos Caniços, no limite das duas freguesias, “há muitos anos”.“Aquilo não tem mesmo condições. Os tectos estão protegidos com plásticos e, de vez em quando, têm de empurrar a água, levantando o plástico com um pau para a água não lhes cair em cima, a caserna é deplorável, cheia de humidade”, referiu António José Inácio a O MIRANTE.Um militar dorme numa dependência tão exígua que “teve de tirar a porta de um armário senão não consegue entrar”, afiança o autarca do Forte da Casa. Além disso o posto não tem condições para receber elementos femininos da Guarda.O MIRANTE tentou realizar uma reportagem no interior da unidade, mas tal não foi autorizado em tempo útil.

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