Sociedade | 18-05-2009 12:57

Idoso morto pela amante na Moita do Norte choca população

Um homem de 72 anos foi encontrado morto no sótão de sua casa, na localidade de Moita do Norte, Vila Nova da Barquinha. José Augusto Domingos Azevedo, conhecido na povoação pela alcunha de o “velho caguincha”, foi assassinado com uma pancada na cabeça, provocada com um ferro. A principal suspeita do crime é a companheira da vítima, uma mulher de 28 anos que terá contado com a ajuda de um cúmplice, um pastor de 69 anos. O corpo de José Azevedo foi encontrado pela PJ de Leiria, escondido no meio de móveis velhos e embrulhado em plásticos e cobertores.Na Moita do Norte há muito que os populares já tinham dado pela falta de José Augusto Azevedo, presença regular no café da localidade. “Era a nossa brincadeira. Não fazia mal a uma mosca”, aponta José Almeida, um dos habitantes com quem O MIRANTE chegou à fala na quarta-feira, 13 de Maio, dia em que teve lugar o funeral. Contam os populares que o septuagenário se tinha envolvido amorosamente com a jovem que se ofereceu para lhe fazer a limpeza da casa. Depois de conquistar a sua confiança acabou por se instalar na moradia, situação que já acontecia há cerca de quatro anos. O móbil do crime terá sido os 360 euros de reforma que foram levantados da conta bancária da vítima.José Augusto Azevedo estava desaparecido desde meados de Abril. A situação foi comunicada à PSP e à GNR no dia 21 de Abril por um filho que também mora na Moita do Norte. Quando deu pela falta do pai, tentou contactá-lo por telefone mas a chamada era sempre desligada. Os vizinhos com quem falámos também já notavam um forte odor vindo da residência do homem, uma pequena habitação branca com uma faixa cinzenta. O caso só chegou ao conhecimento da PJ de Leiria três semanas depois da denúncia do desaparecimento do idoso e quando surgiram suspeitas de que se poderia tratar de um homicídio foram feitas buscas no rio Tejo, junto à Quinta da Cardiga, por mergulhadores dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha. Ao mesmo tempo, alguns elementos da PJ investigavam todos os cantos e recantos da casa, tendo vindo a encontrar o cadáver já num avançado estado de composição. “Mata-se um homem por dá cá aquela palha. Onde vamos parar?”, lamentava Maria Fernanda Sousa. “Ele nunca se devia ter metido com ela. Pela diferença de idades, via-se logo que havia ali interesse”, acrescentou a popular. A amante de José Augusto Azevedo e o seu cúmplice foram detidos no dia 12 de Maio pela PJ de Leiria. Aguardam julgamento em prisão preventiva, indiciados por crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado.

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