Sociedade | 25-05-2009 12:45

Cnema recusa atribuir espaço de exposição a O MIRANTE na Feira de Agricultura

A administração do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (Cnema) recusou disponibilizar um espaço ao jornal O MIRANTE na Feira Nacional de Agricultura, certame que se realiza no parque de exposições de Santarém entre 6 e 14 de Junho. Uma decisão inédita, assinada pelo director executivo Vasco Gracias, que surge na sequência de outras medidas discriminatórias relativamente a este órgão de comunicação social, de que são exemplos a ausência de convites para conferências de imprensa e até a proibição de acesso gratuito a uma jornalista que pretendia efectuar reportagem num evento realizado no complexo.Contactado esta segunda-feira, o presidente do conselho de administração do Cnema não quis dar qualquer justificação para essas medidas, alegando que não prestava declarações ao nosso jornal. A posição do Cnema relativamente a O MIRANTE deve-se à publicação de artigos de opinião e notícias no último ano que não terão sido do agrado da administração. Embora, como refere o director geral do jornal, Joaquim António Emídio, não tenha chegado ao jornal nenhuma reacção de desagrado nem nenhum pedido de direito de resposta, rectificação ou esclarecimento.“A administração do Cnema está a condicionar o trabalho editorial de O MIRANTE. Que eu saiba não há nenhuma querela institucional entre as duas partes. O que houve foi no ano passado um acto de má gestão em que só nos entregaram o espaço na Feira de Agricultura um dia antes desta começar, como se andássemos a pedir esmola, embora o espaço fosse de borla”, declara Joaquim António Emídio.O Cnema tem como accionista maioritário a Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), de que também é presidente João Machado, e como segundo accionista a Câmara Municipal de Santarém, que tem como representante na administração o vereador António Valente (PSD). O autarca garantiu ao nosso jornal que não estava a par destas situações, que nunca foram abordadas nas reuniões da administração em que esteve presente. E considera que a discriminação a profissionais da comunicação social não faz sentido. “Estamos numa democracia pelo que os órgãos de comunicação social não devem ser impedidos de aceder a locais públicos, desde que respeitem as regras. Isto é válido tanto para os jornalistas de O MIRANTE como para os dos outros órgãos de comunicação”, afirma António Valente.

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