Está marcada para dia 1 de Abril no 2º Juízo do Tribunal de Comércio de Lisboa, a partir das 9h30, a assembleia de credores da IFM-Platex, de Tomar. A informação foi recolhida no anúncio em Diário da República, publicado na sexta-feira, 29 de Janeiro, que confirma o processo de insolvência requerido a 18 de Dezembro pela administração da empresa. A sessão realiza-se em Lisboa pois é aqui que a empresa I. F. M. — Indústria de Fibras de Madeira, S. A., tem a sua sede apesar das instalações da fábrica se localizarem em Valbom, Tomar. Os credores têm agora 30 dias para reclamar os seus créditos. Entretanto, os trabalhadores da empresa reúnem em plenário na segunda-feira, 1 de Fevereiro, para fazerem o ponto de situação da luta que têm desenvolvido “em defesa dos postos de trabalho, da região e da economia nacional”.De acordo com um comunicado do sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Madeiras e Mármores, é neste plenário que elegem os seus representantes para, junto do Tribunal, defender os seus interesses. Fonte sindical disse a O MIRANTE que o processo poderia ganhar “outro andamento” caso decorresse no Tribunal Judicial de Tomar, evitando-se a deslocação dos trabalhadores à capital que, mais uma vez, vão ter que solicitar transporte à autarquia tomarense. “Continua a ser ensurdecedor o silêncio de organizações ditas de interesse regional em relação a esteprocesso e ao futuro do aparelho produtivo distrital”, criticam no documento, acrescentando que vão prosseguir com “o trabalho de sensibilização e responsabilização de entidades e organismos públicos”, estando já pedidas reuniões com os Grupos Parlamentares, Comissão Parlamentar do Trabalho da Assembleia da República, Ministra do Trabalho e Administrador Judicial. “Se existisse vontade política, a IFM poderia voltar a ser colocada ao serviço da região e da economia enquanto decorreria o processo de insolvência”, contestam.