Sociedade | 18-09-2010 09:11

Professora agredida por pais de aluno em Samora Correia

Uma professora foi agredida pelos pais de um aluno do segundo ano do Centro Escolar de Samora Correia, concelho de Benavente, que não aceitaram deixar o filho ao portão do estabelecimento - tal como determinam as regras daquela escola - e forçaram a entrada. A docente, com cerca de 50 anos, (que não é a professora da criança em questão), dirigiu-se na manhã de quinta-feira à zona da entrada para explicar aos encarregados de educação que não era possível abrir uma excepção. Foi nessa altura que o pai e a mãe do menino partiram para a violência física empurrando a professora.Militares da GNR e elementos da Escola Segura assistiram ao incidente que já é considerado crime público. O casal foi detido e presente a tribunal. O director do Agrupamento de Escolas de Samora Correia, César Gabriel Barreiro, só espera que o processo se desenrole com a celeridade que defendeu o Procurador Geral da República para estes crimes.Depois de ser assistida no Centro de Saúde de Benavente a professora regressou à escola. Esta sexta-feira já voltou a apresentar-se ao serviço apesar das indicações do director do agrupamento que sugeriu que a docente se ausentasse durante alguns dias do trabalho. O MIRANTE apurou que o aluno do segundo ano, com sete anos de idade, chegou a agarrar-se a um dos pilares da escola recusando-se a seguir caminho com o pai. “O aluno interiorizou uma regra que um adulto se recusou a cumprir”, interpreta o director do agrupamento. A escola determinou por razões de segurança e organização que os pais devem deixar os alunos do primeiro ciclo à entrada do portão. As crianças são encaminhadas para a sala com a ajuda das auxiliares de acção educativa que, apesar de em número reduzido face ao universo de alunos, se esforçam por manter a organização. “Temos 305 alunos do primeiro ciclo. Se os pais viessem todos levar os filhos até à sala teríamos 610 pessoas”, argumenta o director acrescentando que as crianças são inteligentes e sabem chegar à sala. César Gabriel Barreiro, que ressalva que no dia da apresentação os pais tiveram acesso à escola, garante que é intenção do estabelecimento preservar a tranquilidade das crianças e evitar o stress numa altura em que estão a iniciar uma nova etapa das suas vidas. O director, que considera que a professora foi humilhada publicamente, garante que a docente está bastante abalada com a situação, bem como toda a comunidade educativa que repudia este tipo de atitudes.

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