Sociedade | 26-07-2011 07:26

Arraial popular motiva queixas de moradores de Vale de Rãs

Um morador de Vale Rãs, Abrantes, escreveu ao presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, Aníbal Melo (PS), indignado com o facto de, três semanas após terminarem as festas promovidas pela Associação Cultural e Recreativa de Vale de Rãs, o terreno apresentar acumulação de lixo quer no terreno onde se desenrolou o arraial, quer nas ruas adjacentes. As festas terminaram na madrugada de 11 de Julho e a situação ficou normalizada na semana passada, após o autarca ter falado com a presidente da direcção da associação que anualmente realiza esta festa de cariz popular. Mas no cerne da questão está o facto deste arraial, autónomo das Festas do Concelho, que têm lugar em Junho, ser realizado num largo perto de um jardim público durante três dias e a poucos metros de um conjunto habitacional, na sua maioria vivendas. O MIRANTE tentou obter esclarecimentos junto da associação sobre estas queixas mas não encontrou nenhum responsável da colectividade que sabe ser gerida por pessoas de duas famílias. “É uma festa que se realiza perto de um aglomerado urbano e é natural que as pessoas não aceitem a música alta ou a grande movimentação de pessoas nestes dias”, explica a O MIRANTE Aníbal Melo, acrescentando que a festa se realiza num terreno cedido para o efeito pela autarquia, estando o evento devidamente licenciado. O principal contestatário, que pediu reserva de identidade por razões que considera “óbvias”, refere na missiva enviada que foram os próprios festeiros a reconhecerem que “esta festa foi concretizada contra tudo e contra todos e que os moldes da mesma são contrários à vontade expressa pelos residentes no espaço circundante”. De acordo com o morador, a maioria dos seus vizinhos é da mesma opinião mas receia expô-la publicamente. A autarquia já tem conhecimento da situação mas não responde aos ensejos de quem pretende dormir de forma mais descansada. “Desde os anos transactos que esta festa vem sendo alvo de fortes contestações. Porque o que acontece, na maioria das vezes é que são os moradores a limpar, o que não é de todo da nossa competência já que é a associação que organiza”, refere, acrescentando que “pelo menos uma criança que se aleijou nos detritos abandonados do largo das festas”. Aníbal Melo, presidente da junta há 17 anos, sabe que por detrás destas queixas estão algumas incompatibilidades causadas por questões particulares que se escusou a revelar. “O evento está devidamente licenciado e nada há a fazer em relação a isso. A junta de freguesia não tem que limpar o recinto das festas, apenas as ruas circundantes e foi isso mesmo que fizemos na terça-feira, 19 de Julho”, disse.

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