Sociedade | 10-05-2012 13:12

Morreu o antigo bandarilheiro Etelvino Laureano

Morreu o antigo bandarilheiro Etelvino Laureano
O funeral do antigo bandarilheiro Etelvino Laureano, radicado há várias décadas em Azambuja, realizou-se esta manhã, 10 de Maio, em Azambuja para o cemitério da vila. Etelvino Laureano faleceu na terça-feira, aos 88 anos, no Hospital de Vila Franca de Xira. Há algumas semanas que estava internado no lar da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja. Deixa uma filha, uma neta e uma bisneta.O MIRANTE entrevistou em Julho de 2008 o toureiro a quem um toiro malhado matou a alma numa tarde de sol em Espanha. Tinha 24 anos. Foi a 19 de Março de 1948. Não mais esqueceu a colhida. Morreu então um matador para nascer um bandarilheiro. “Não senti a cornada. Por isso muita gente diz que o toiro de lide não sente a estocada porque está em luta. Vieram em meu socorro. Eu dizia «deixem-me». Ia para agarrar a muleta. Os bandarilheiros a agarrar-me e o moço de espadas com o garrote para pôr na perna. Depois vi a sapatilha cheia de sangue (…) Há quem reaja bem. Eu não reagi. Ainda fui às Américas e África mas a coisa começou a andar mal. O toureiro não se pode lembrar da cornada. Tive mais algumas corridas mas pensei e disse para o meu apoderado: «Não arranje mais corridas para o ano que já não toureio. Vou para bandarilheiro»”.Etelvino Nasceu em Mira de Aire mas foi perfilhado por Azambuja onde chegou aos seis anos. Os pais vieram para a Quinta Curral do Boi, onde morou durante longos anos, a seis quilómetros de Azambuja. Aprendeu a tourear no sector 1 do Campo Pequeno, em Lisboa.Foi aprendiz de mecânico, toureiro, taxista e acabou por dedicar-se à lavoura. Aos 84 anos ainda era agricultor nas horas vagas.

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