Sociedade | 25-11-2015 10:10

Ribatejano diz que não é fácil um homem impor-se como bailarino

Ribatejano diz que não é fácil um homem impor-se como bailarino

Artista viveu na Romeira, no concelho de Santarém, até aos 22 anos quando decidiu tentar a sua sorte no mundo da dança em Lisboa. Gosta de voltar à terra natal para recarregar baterias e rever a família e amigos. Apaixonado desde criança pelo mundo da dança começou a dar os primeiros passos no Rancho Folclórico da Romeira e mais tarde nas danças de salão. Gostava de apresentar os seus espectáculos em Santarém.

Desde criança que Nuno Labau, 29 anos, é fascinado pelo mundo da dança. Aos seis anos já ia assistir aos ensaios do Rancho Folclórico da Romeira (concelho de Santarém), de onde é natural, com a sua irmã mais velha que já integrava o grupo. Nuno ficava a observar e imitava todos os passos. Até que o convidaram para fazer parte do rancho, onde dançou até aos 21 anos. Entretanto, iniciou-se também nas danças de salão que conciliou sempre com o folclore. Quando decidiu mudar-se para Lisboa esteve no Chapitô, onde teve formação. É bailarino profissional há cerca de três anos, tendo também frequentado a Escola Superior de Dança.Há cerca de dois anos que Nuno Labau está a desenvolver o projecto a que deu o nome de "Violência das Coisas Insensíveis". "Esta performance aborda o facto das pessoas que vivem sobretudo nas grandes cidades se tornarem mais introspectivas e mais egocêntricas. A azáfama do dia-a-dia, toda a correria a que estamos sujeitos, faz com que percamos um bocadinho a consciência cívica do próximo. Tenho muito esta noção porque vim de uma aldeia pequena e percebo a diferença de viver num meio rural, muito mais calmo, e viver num grande meio urbano", explica. Nuno Labau está à procura de financiamento público e privado para poder levar esse espectáculo de dança a palco. "Sem apoios e patrocínios é muito difícil concretizarmos os projectos que já temos prontos e neste momento estou na fase de encontrar ajudas para que as pessoas possam assistir à performance que preparei", afirma.Depois de encontrar financiamento para avançar com o espectáculo, o bailarino pretende apresentar o projecto também em Santarém. "Para mim faz todo o sentido mostrar o meu trabalho ao público de Santarém e quero muito conseguir fazer isso", sublinha. Apesar de ser cada vez mais comum existirem bailarinos em Portugal, Nuno Labau sente, sobretudo nos meios mais pequenos, que as pessoas estranham quando diz qual é o seu modo de vida. "Em Lisboa não ligam tanto, é normal, mas em Santarém ou na minha aldeia é comum estranharem. Já estou habituado e não ligo. Não é fácil um homem impor-se como bailarino, são precisos muitos anos e eu estou a fazer o meu caminho", refere.* REPORTAGEM COMPLETA NA EDIÇÃO SEMANAL DE QUINTA-FEIRA

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