Sociedade | 30-11-2015 13:41

Benavente sem IMI familiar mas com isenções para 1200 famílias

As famílias do concelho de Benavente com habitações avaliadas em sede de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) abaixo dos 66 mil euros vão ficar isentas de qualquer pagamento. É uma medida que vai beneficiar 1200 famílias e que custará aos cofres da câmara comunista entre 160 e 200 mil euros no próximo orçamento.A taxa global de IMI para a generalidade da população também baixou uma décima, dos 0,38 para os 0,37 por cento. A descida uma décima no valor do IMI, para os 0,37 por cento, vai ter um custo para os cofres da câmara na ordem dos 86 mil euros. Esta foi a forma do executivo liderado por Carlos Coutinho compensar os municípes pela não aplicação do IMI familiar, uma medida governamental que propunha benefícios de 10, 15 ou 20 por cento consoante o número de filhos do agregado. As novas taxas de IMI foram aprovadas na tarde de sexta-feira, 27 de Novembro, em assembleia municipal, com os votos contra do PSD e do PS.“É uma medida demagógica que só iria chegar a duas mil famílias e estas teriam uma redução anual de 27 euros. Para quem tem abono de família, isso é muito menos do que aquilo que o Governo retirou. Temos de ajudar as pessoas mas com medidas sérias”, criticou Carlos Coutinho (CDU), presidente do município.O autarca garante que pensou diminuir ainda mais o IMI na generalidade, para os 0,36 por cento, mas que o impacto financeiro dessa medida, somada à isenção concedida às 1200 famílias com imóveis de baixos valores, significaria perdas elevadas e não comportáveis para o orçamento municipal. “Mais de 80 por cento de quem paga IMI no nosso concelho paga até 370 euros por ano”, informou, ao mesmo tempo que prometeu que, se o clima económico continuar a melhorar, para o ano o IMI voltará a descer no concelho.Quem não concordou com a medida foi o Partido Socialista, que na impossibilidade de ver adoptado o IMI familiar tentou que o executivo CDU aprovasse uma taxa de 0,36. Uma medida que custaria 120 mil euros. Os socialistas defenderam que aquilo que o município vai gastar em energia eléctrica, cerca de meio milhão de euros, poderia ser melhor gerido e, depois de retirada a verba do IMI, ainda sobrar 400 mil euros. “Há uma intenção diminuta de reduzir os impostos. A nossa proposta do IMI familiar nem foi votada e os 0,36 que propusemos não foram aceites, por isso votamos contra”, lamentou o eleito Pedro Pereira.

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