Sociedade | 10-05-2016 11:55

Médico cubano em Foros de Salvaterra abandona serviço sem dar justificações

Clínico optou por trabalhar em empresa privada de prestação de serviços.

O médico cubano que dava consultas na Extensão de Saúde de Foros de Salvaterra, concelho de Salvaterra de Magos, ao abrigo do contrato de cooperação entre Portugal e Cuba, abandonou o serviço sem dar qualquer justificação. Em causa está, alegadamente, o facto de estar há vários meses sem receber o seu salário.
Ao que O MIRANTE apurou, o médico decidiu ir embora, quebrando o contrato de trabalho previsto, e foi trabalhar para uma empresa privada de prestação de serviços, tendo sido colocado nos Açores, onde deverá começar a trabalhar nos próximos dias. O médico está há cerca de três meses sem receber salário por alegado incumprimento do Estado cubano.

A Câmara de Salvaterra de Magos, à semelhança do que faz com os outros médicos estrangeiros que estão a trabalhar no concelho, dava a este médico cubano alimentação e habitação. No entanto, a falta de ordenado complicava a vida do médico que têm mulher e três filhos menores. Com esta desistência, o concelho de Salvaterra de Magos fica novamente com um grande problema de falta de médicos. Sem a presença deste médico cubano ficam sem médico de família cerca de quatro mil habitantes da freguesia de Foros de Salvaterra.

O presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio (PS), afirma a O MIRANTE que esta é uma situação "preocupante" uma vez que os utentes da freguesia ficam mais uma vez sem consultas e sem ninguém para passar receitas ou exames. O autarca referiu que estão a tentar junto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e também do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria que seja colocado um médico naquela extensão de saúde pelo menos dois dias por semana. "É apenas para minimizar o problema até arranjarmos uma solução mais definitiva", explicou.

O abandono do médico cubado do serviço na Extensão de Saúde de Foros de Salvaterra vai obrigá-lo a estar sem poder regressar ao seu país, onde tem a sua família, durante oito anos.

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