Sociedade | 18-05-2016 18:58

43 autarcas no Campo Pequeno para defenderem touradas

43 autarcas no Campo Pequeno para defenderem touradas
TAUROMAQUIA
Foto Campo Pequeno

Municípios com actividade taurina querem ser ouvidos na discussão de leis sobre animais

Os municípios que integram a Secção de Municípios com Actividade Taurina, no âmbito da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) querem ser ouvidos no âmbito da discussão e aprovação de projetos de lei que possam colocar em causa o mundo rural, nomeadamente "os projetos de lei que são concretamente sobre a liberdade de escolha de cidadãos livres e esclarecidos de acederem e exercerem a atividade tauromáquica, de serem artistas e auxiliares deste espetáculo, cuja legislação já é bastante rigorosa no que toca à participação de menores".

Num comunicado enviado hoje à redacção de O MIRANTE, os municípios com actividade taurina, cuja secção é presidisa pelo presidente da câmara municipal de Coruche, Francisco Oliveira (PS) referem que as decisões que afectam o mundo rural devem ser tomadas com conhecimento da realidade.

"Os Deputados da República devem ter o máximo de informação sobre a realidade concreta de quem vive, trabalha, investe e visita esses territórios. Quem conhece o mundo rural e as suas vivências entende que estas artes, tais como outras de elevada performance iniciam-se antes da maioridade, o contrário emana de um profundo desconhecimento do mundo rural.".

Os representantes dos 43 municípios com actividade taurina irão marcar presença na corrida que se realiza amanhã, Quinta-feira, 19 de Maio, na Praça de Toiros do Campo Pequeno para, segundo afirmam, defenderem o património cultural que envolve a tauromaquia e toda a biodiversidade, economia e atividades que lhe estão associadas, " Salvaguardando as artes e as tradições bem como a Liberdade de escolher exercer uma profissão na Festa, ver a Festa ou ir à Festa", afirmam.

Já no dia 12 de Maio o representante dos municípios taurinos e presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, tinha criticado os partidos envolvidos nos projectos de lei que visam estabelecer um estatuto jurídico dos animais por não terem ouvido as opiniões dos municípios com actividade taurina.

“Claramente que somos favoráveis a que haja uma evolução do pensamento no que tem a ver com os maus-tratos aos animais. O que não entendemos é que se generalize e se reconheça os animais no seu todo como animais com sensibilidade e que isso possa vir a pôr em causa a economia dessas regiões”, referiu o autarca.

Os municípios da área de intervenção de O MIRANTE que integram a secção dos municípios com actividade taurina são: Almeirim, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Coruche, Golegã, Salvaterra de Magos, Santarém, Tomar, Vila Franca de Xira e Vila Nova da Barquinha. O concelho da Chamusca, apesar de ter no seu território uma praça de touros, dois grupos de forcados e várias ganadarias, não figura na lista que pode ser consultada no site da ANMP.

Segundo Francisco Oliveira, para aqueles concelhos, a actividade taurina gera emprego e receitas, promovendo a cultura, a gastronomia, a agropecuária, o turismo, as coudelarias, as tradições e o mundo rural enquanto base do ecossistema e da biodiversidade.

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