Os cerca de 50 habitantes da aldeia de São Simão, no Sardoal, foram transferidos na noite desta terça-feira, 23 de Agosto, para o quartel dos bombeiros devido a um incêndio que principiou durante a tarde e que acabou por destruir uma habitação.

"Acabámos de ter a confirmação de uma habitação que terá ardido na aldeia de São Simão. A casa era de primeira habitação e ardeu por completo", disse o presidente da autarquia, Miguel Borges, poucos minutos antes da 01h00, tendo acrescentado que o residente fica em casa de familiares "até se definir como resolver a situação".

O presidente da Câmara Municipal do Sardoal disse que a transferência de toda a população, que estimou em "cerca de cinco dezenas de pessoas, quase todas idosas", decorreu cerca das 20h00 e deveu-se a uma tomada de precaução devido à imprevisibilidade da direcção dos ventos e das chamas.

"A Câmara do Sardoal decidiu evacuar toda a aldeia cerca das 20h00, com o apoio dos serviços sociais da autarquia e da protecção civil municipal, por uma questão de precaução. A aldeia esteve completamente cercada pelas chamas e o que é certo é que ardeu tudo à volta de São Simão", disse Miguel Borges, tendo destacado o facto de não haver incidentes pessoais.

"Nunca vi nada assim na minha vida", sublinhou, referindo-se a um incêndio que começou no concelho de Abrantes. Às quatro da manhã os meios no terreno – 708 operacionais e 222 viaturas dos distritos de Santarém, Leiria, Lisboa, Évora, Portalegre e Castelo Branco – consolidam o trabalho em três frentes, tendo a quarta sido controlada, estando os esforços de combate centrados agora na área florestal. Às 8h00 desta quarta-feira, 24, a Autoridade Nacional de Protecção Civil tinha este incêndio em fase de resolução.

O comandante Paulo Cardoso, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, disse ainda ter informação de uma casa ardida na Rua da Glória, em Carvalhal, no concelho de Abrantes, sem vítimas, situação confirmada pelo presidente da junta de freguesia.

O autarca Luís Serras disse que dois irmãos ficaram desalojados e foram acolhidos por familiares, sublinhando ter sido esta a única casa ardida na freguesia, o que atribuiu à intervenção "pronta e incansável" dos bombeiros.