Câmara da Chamusca paga para haver tourada
Município queria muito uma corrida de toiros na vila com o cartel que escolhesse
A Câmara da Chamusca investiu dinheiros públicos na organização de uma corrida de toiros na vila, porque temia que o empresário concessionário da praça não fizesse o espectáculo e por capricho do presidente, que queria escolher o cartel de artistas.
O município contratou organização da tourada por ajuste directo, num valor de 30.564 euros (24.849 euros sem IVA), tendo vendido os bilhetes a 15 euros e oferecido as entradas a 300 pessoas que participaram num desfile etnográfico, tendo cobrado entradas mais baratas, a 10 euros, aos acompanhantes dos participantes.
O cartel escolhido pela autarquia, para a corrida de 3 de Setembro, foi constituído pelos cavaleiros Rui Salvador, Rui Fernandes e pelo ainda recente matador português Manuel Dias Gomes.
O presidente da câmara, Paulo Queimado, considera que a "realização da corrida foi estratégica para a promoção do município". O autarca entende que são "estas pequenas coisas que fazem a grande diferença".
A receita da bilheteira ficou em cerca de 18.900 euros e para o autarca, as contas das despesas e das receitas "ficaram ela por ela".