Quarenta anos depois a moca de Rio Maior ainda dá discussão
Vereadores da oposição não gostaram de ver referências a esse artefacto.
O vereador comunista na Câmara de Rio Maior, Augusto Figueiredo, considera que, no último ano, tem havido uma tentativa da maioria PSD/CDS em “encostar a gestão do município ideologicamente à direita”.
O último episódio que o leva a formular essa tese prende-se com a edição, num documentário produzido pelo município, de imagens e referências a acontecimentos vividos no período pós-revolução, nomeadamente em 13 de Julho e 24 de Novembro de 1975, quando a cidade e o concelho se assumiram como foco de resistência contra a reforma agrária e as ideias do PCP e outros partidos de esquerda.
Ressalvando que os factos históricos não se podem apagar, como o do assalto à sede do PCP em Rio Maior, Augusto Figueiredo criticou sobretudo “a conotação de Rio Maior como terra da moca”. E questionou, desafiando à reflexão sobre o assunto: “Chamar a Rio Maior terra da moca contribui alguma coisa para o seu desenvolvimento?”. Lamentou ainda que fossem ignorados outros factos relevantes da história do concelho - que celebrou 180 anos no dia 6 de Novembro -, dando alguns exemplos, como o de Rio Maior ter sido a terceira terra do país a ter um cineclube, logo a seguir a Lisboa e Porto.
A resposta da presidente não tardou muito. Essa carapuça de que me estou a encostar à direita não me serve. O único sítio onde me encosto as vezes que forem necessárias é aos interesses do concelho de Rio Maior”, disse Isaura Morais (PSD).
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.