Alexandre Guerra: “A Política e o Homem Pós-Humano”
Ensaio sobre o futuro do Homem. Um livro que não impõe pontos de vista nem arrisca certezas mas contribui para que possamos antecipar o nascimento de um ser humano do género “encomenda por catálogo”.
Alexandre Guerra lançou ontem, 15 de Novembro, o livro “A Politica e o Homem Pós-Humano” numa das salas do Hotel Altis, em Lisboa. Sala cheia e Zita Seabra a justificar a aposta num livro que espera encontre os leitores certos já que o investimento do autor nesta Obra ensaística merece ser recompensado.
O livro é um importante contributo para um debate ainda muito residual, mesmo nos meios académicos nacionais, sobre as profundas implicações e consequências das revolução biotecnológica em curso, segundo as palavra do professor Viriato Soromenho-Marques que assina o prefacio.
Para o autor “A Política e o Homem Pós-Humano pretende lançar luz sobre as potenciais consequências que a tecnologia poderá ter na definição e na concepção/adulteração do Homem biológico, tal e qual o conhecemos há milhares de anos e, consequentemente, na forma como a Humanidade olhará para si própria. As novas biotecnologias abrem assim uma imensa porta para admiráveis mundos novos que permitem vislumbrar sociedades mais próximas da utopia onde as pessoas podem viver para lá dos 110 anos auto-regenerando-se (..)
Em jeito de conclusão Alexandre Guerra diz que procura demonstrar nas cerca de 200 páginas do seu livro que “as novas biotecnologias poderão fazer chegar o dia em que nascerá o primeiro “homem” feito à medida da vontade de um seu semelhante. Da cor dos olhos e do cabelo ao valor do QI, passando pelo sexo da criança ou pelo nível de agressividade das suas emoções, tudo será possível manusear como se fosse uma encomenda por catálogo”.
Alexandre Guerra (1976) é assessor de Imprensa desde 2013 e tem um percurso profissional como jornalista e consultor de comunicação.