População não pode desistir de fazer justiça no caso da legionella
Ambientalista António Eloy diz que silêncio e esquecimento são os melhores aliados dos culpados do surto de legionella.
O silêncio é o melhor aliado que têm as empresas culpadas pelo surto de legionella no concelho de Vila Franca de Xira e por isso é preciso que a população não desista de lutar e de fazer ouvir a sua voz.
Quem o diz é António Eloy, professor universitário, consultor e ambientalista, que diz ser "gravíssimo" o manto de silêncio que aos poucos vai caindo não apenas no caso do surto de legionella como noutros casos de poluição ambiental do país, como o caso das minas de urânio da Urgeiriça.
"Mobilizem-se, não tenham medo de falar. Não devemos ter medo de afrontar os que nos querem impor a poluição e a degradação. O grande inimigo destas agressões ambientais é o silêncio", lamenta. António Eloy esteve na Póvoa de Santa Iria para participar num debate organizado pela Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e pelo Grémio Dramático Povoense.
Eloy foi também director de uma empresa que fazia a limpeza de equipamentos de ar condicionado de hospitais e grandes edifícios e diz que há actualmente de tudo um pouco: desde as empresas que se preocupam e cuidam do ar que as rodeia até às que "passam a poeira para debaixo do tapete".
O ambientalista diz que o surto de legionella de Vila Franca de Xira, que matou 14 pessoas e infectou 375, teve "consequências dramáticas" e mostrou "incúria industrial", dizendo esperar agora uma "sanção pesada" da justiça.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.