Sociedade | 03-01-2017 00:14

Alunos da Escola de Toureio de Azambuja treinam ao relento

Mestre acusa direcção da Pousada do Campino de o ter posto na rua. Nuno Engrácio diz que “escola não fechou” mas não há dinheiro para a manter.

Depois do mestre da Escola de Toureio de Azambuja ter denunciado, nas páginas de O MIRANTE, que nunca recebeu salário e que tinha de pagar do próprio bolso os seguros e as deslocações dos alunos, a Poisada do Campino, à qual pertence a escola, decidiu suspender as aulas. “Encerraram a escola”, disse a O MIRANTE Ernesto Manuel, depois de na semana passada ter tentado entrar nas instalações da escola e de não ter conseguido.
“Mudaram a fechadura. Já tinha recebido uma mensagem do senhor Nuno Engrácio [presidente da direcção da Poisada do Campino] em que dizia que depois de ter lido a reportagem no jornal já não queria colaborar comigo”, desabafou o mestre. No entanto, Nuno Engrácio desmente que a escola esteja encerrada: “Os alunos podem continuar a ter aulas nas instalações, a escola não fechou. Não temos é meios para subsidiar a escola. Quanto ao mestre, espero conseguir conversar com ele nos próximos dias”, disse o responsável.

Desde que, na semana passada, se viu impossibilitado de dar aulas dentro das instalações da Poisada do Campino, Ernesto Manuel tem treinado os alunos – com idades entre os 3 e os 20 anos - na rua, em frente às portas fechadas da Escola de Toureio, e garante que não vai desistir: “Ser professor destas crianças é uma grande responsabilidade, não os posso deixar mal. Vou esperar para ver o quer acontece”. Por agora, os treinos são feitos ao frio. Resta o calor da paixão à festa brava.

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