Sociedade | 13-01-2018 18:48

“O nosso maior desejo é regressar a Alpiarça"

“O nosso maior desejo é regressar a Alpiarça"
FOTO D.R.

Nuno Peixinho e Helena Mira emigraram para o Luxemburgo há sete anos e conheceram uma realidade difícil.

No Luxemburgo, a vida dos emigrantes portugueses não é o mar de rosas que muitos imaginam. Nuno Peixinho, 41 anos, e a mulher, Helena Mira, 47, encontraram uma realidade muito diferente da que os emigrantes que vinham de férias a Portugal pintavam e custou-lhes adaptarem-se ao pequeno país onde já estão há sete anos.

Partiram quando a crise ganhou dimensão em Portugal e Helena começou a ter dificuldade em arranjar trabalho como empregada de limpezas. Nuno, que estava no Exército desde os 17 anos, deixou o emprego certo para trás para acompanhar a mulher até Schengen, onde já morava o irmão mais velho dela, e arranjou trabalho num restaurante. Manteve-se no ramo da cozinha e hoje é cozinheiro noutro restaurante, Il Leone Rosso, onde abraçou a profissão que a avó e a mãe também tiveram.

A diáspora não é novidade na família de Helena, natural de Alpiarça, que viu os cinco irmãos espalharem-se por várias regiões de França. O que vivia perto dela no Luxemburgo acabou por se juntar aos outros irmãos e até para lá foi o filho do primeiro casamento de Helena, Alexandre, de 27 anos.

Apesar de não passarem dificuldades nem faltar comida na mesa, Nuno e Helena não têm posses para viajar e ainda não voltaram a Portugal desde que partiram: “Não vi o rosto da minha mãe durante cinco anos”, conta Nuno, que só conseguiu há dois anos comprar-lhe um telemóvel com capacidade para chamadas Skype, que são hoje a melhor forma de se manterem em contacto.

* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.

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