Sociedade | 24-03-2018 13:38

Câmara de Rio Maior prepara-se para limpar terrenos mas não chega a todo o lado

Vice-presidente do município reafirma que a lei de defesa da floresta e prevenção de incêndios é impossível de cumprir na sua plenitude.

A Câmara de Rio Maior vai afectar cerca de 40 mil euros para a limpeza de terrenos no âmbito da prevenção de incêndios florestais mas o vice-presidente do município, Filipe Santana Dias (PSD), assume desde já que a autarquia não vai ter capacidade de limpar todos os terrenos que são da sua responsabilidade até final de Maio. Por isso, afirmou, há que estabelecer prioridades e a primeira área a limpar pela autarquia é junto ao Centro Escola de Fráguas, “que está rodeado de mato”, disse na última reunião do executivo. “A câmara não pode exigir aos proprietários se ela própria não der o exemplo”, afirmou.

Santana Dias já em Novembro tinha dito que a lei é impossível de cumprir à risca e vai deixar um ónus complicado nas mãos das autarquias, que terão que se substituir aos privados que não cumpram com a limpeza dos seus terrenos. O autarca diz que o município não vai fechar os olhos às infracções e que vai levantar contra-ordenações aos proprietários à medida que vá detectando as prevaricações. Mas as coimas só serão aplicadas a partir de Junho e apenas a quem não tiver entretanto regularizado a situação.

O assunto foi levantado na última reunião de câmara durante o período de intervenção do público pelo cidadão João Verde da Costa, que apontou alguns exemplos de locais onde a limpeza de matos e corte de árvores é imperiosa, como junto ao Colégio Águas Férreas ou na Avenida de Portugal, na envolvência do Centro de Saúde e do centro comercial Intermarché, onde os eucaliptos plantados não cumprem as distâncias exigidas relativamente às edificações. Perguntou ainda se esses terrenos são públicos ou privados.

O vice-presidente da câmara afirmou que esses eucaliptos estão dentro da chamada faixa de protecção aos aglomerados urbanos e como tal essas zonas já deviam estar limpas, situação que diz que tem que ser corrigida. “Em última análise, a câmara municipal terá que proceder à limpeza dessa zona de contenção”, afirmou Filipe Santana Dias, acrescentando no entanto que mantém a sua posição de que será “humanamente impossível” à autarquia chegar a todo o lado. “O caso do Colégio Águas Férreas é um exemplo gritante e o terreno terá que ser limpo, independentemente de quem seja o proprietário”, referiu, acrescentando que “um eucaliptal não poderá coabitar com um estabelecimento de ensino”.

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