Sociedade | 09-05-2018 14:23

Idosos do futuro ficam em casa assistidos por novas tecnologias

Idosos do futuro ficam em casa assistidos por novas tecnologias

Provedor da Misericórdia de Santarém diz que instituições têm que se modernizar para responder às novas necessidades dos utentes.

“As pessoas que hoje têm mais de 65 anos assistiram e fizeram parte de uma grande transformação a nível mundial e também elas utilizam novas tecnologias como o telefone ou o ipad. Por isso as respostas sociais têm que ser cada vez mais apelativas para as pessoas e as instituições têm que possuir estas ferramentas para disponibilizar aos seus utentes”.

A opinião é do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, Mário Rebelo, durante a sessão de abertura da oitava edição do Ciclo de Conferências em Economia Social, intitulado “Mudar para Adequar”, organizado pela Misericórdia de Santarém. O evento decorreu na quarta-feira, 9 de Maio, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, e contou com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

Mário Rebelo afirmou que o caminho é cada vez mais o de as pessoas mais velhas e que não necessitem de maiores cuidados ficarem nas suas casas, com todas as condições de conforto e qualidade de vida, e terem acesso a teleassistência. “O envelhecimento da população constitui um desafio à capacidade das organizações das áreas de Economia Social”, referiu o provedor.

O ministro da Segurança Social referiu que entre 2015 e 2080 Portugal perderá população. Dos actuais 10,3 milhões estima-se que passe para 7,5 milhões de pessoas, ficando abaixo do limiar de dez milhões em 2031; o número de jovens diminuirá de 1,5 para 0,9 milhões e o número de idosos passará de 2,1 milhões para 2,8 milhões de pessoas; e a população em idade activa diminuirá de 6,7 para 3,8 milhões. “Se nada mudar nas políticas do país estas são as projecções para as próximas décadas”, sublinhou Vieira da Silva.

O governante explicou que o nível de natalidade diminuiu muito devido à emigração em massa dos mais novos e, por outro lado, a esperança média de vida continuou a aumentar. “Houve uma mudança de comportamentos que veio contribuir para esta situação. Éramos um país que recebia muitos estrangeiros que vinham para cá viver e com a crise económica entre 2009 e 2014 as pessoas saíram de Portugal, incluindo os nossos jovens que estão em idade de ter filhos. Tudo isso aumentou o envelhecimento da nossa população”, disse.

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