Sociedade | 18-05-2018 12:45

TejoAlive promove caminhada ao longo do rio

Com uma duração aproximada de quatro horas, o percurso inclui a paragem em três pontos de observação dos “valores ambientais únicos associados ao rio Tejo”.

O projecto ambiental TejoAlive, que propõe “conhecer o território para proteger e preservar a biodiversidade e a paisagem”, realiza a sua terceira edição sábado, com partida na Quinta da Boavista, em Vale de Figueira, Santarém.

A iniciativa, promovida pela Câmara Municipal de Santarém e pela União de Freguesias São Vicente do Paúl e Vale de Figueira, propõe uma caminhada junto aos rios Alviela e Tejo até ao limite geográfico do concelho, em Porto Pereiras, perto da aldeia de Reguengo do Alviela, numa extensão de 12,5 quilómetros.

Com uma duração aproximada de quatro horas, o percurso inclui a paragem em três pontos de observação dos “valores ambientais únicos associados ao rio Tejo”.

Com a participação de cientistas – do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, do Centro de Conservação das Borboletas de Portugal e da Escola Superior Agrária de Santarém -, ao longo do percurso, os participantes farão a “observação de aves aquáticas no seu meio natural e uma reflexão sobre as marachas do Tejo”.

Ser-lhes-á ainda dada a conhecer a ictiofauna (espécies de peixes existentes na zona) e a flora “que dão vida ao maior rio de Portugal, que ao longo do seu percurso, desenha uma paisagem única identitária da região do Ribatejo”, afirma uma nota do município.

“A margem direita do rio Tejo oferece ao concelho de Santarém um sítio riquíssimo em valores ambientais, de fauna e flora, que representa uma importância crucial para a conservação de diferentes espécies, em particular, de aves e peixes”, acrescenta.

O projecto insere-se na estratégia municipal que visa “reduzir as pressões sobre a biodiversidade, reabilitar e restaurar os ecossistemas, promover a utilização sustentável dos recursos biológicos e aproximar os cidadãos dos rios e ribeiras, aumentando a felicidade das populações que habitam e trabalham neste território”.

O projeto TejoAlive chama a atenção para as marachas do Tejo, galerias ripícolas identitárias da região formadas por salgueiros, por estas criarem “um habitat único, constituindo um factor-chave para travar a perda de biodiversidade”.

Por outro lado, ajuda a identificar as aves que “atribuem um valor ímpar à Lezíria”, região onde se avistam com frequência Águia-Pesqueira, Águia-de-asa-redonda, Milhafre, Cotovia, Garça-Real, Corvo-marinho-de-faces-brancas, Bufo-Real, Coruja das Torres, Abelharuco, Guarda-rios.

O município destaca ainda as espécies piscícolas como “elemento essencial do equilíbrio do ecossistema fluvial”, com “inegável importância para as populações, constituindo um património de competitividade para o território”, e aponta como exemplos de espécies nativas do rio Tejo a Enguia, a Tainha, o Sável, a Saboga e o Barbo.

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