Sociedade | 16-02-2019 15:00

Tribunal manda parar azaradas obras da Escola do Vale de Santarém

Ordem judicial surge no dia em que alunos iam ser transferidos para que os trabalhos pudessem arrancar.

As obras na escola do Vale de Santarém foram suspensas pelo tribunal no dia em que as crianças deviam mudar para instalações provisórias, para que os trabalhos pudessem arrancar. Este é o quarto entrave ao projecto de alargamento do estabelecimento de ensino do primeiro ciclo e este enguiço coloca em perigo a sua concretização. Se o arranque das obras se arrastar, a Câmara de Santarém arrisca-se a perder o financiamento europeu para a empreitada. O município está a tentar reverter a situação em tribunal, com o argumento do interesse público do projecto e do financiamento.

A vereadora da Educação, Inês Barroso, confirma que o tribunal deu ordem para parar o processo com vista à construção, na sequência de uma acção interposta por uma das empresas que participou no concurso público de escolha do empreiteiro. A vereadora social-democrata admite que os prazos estão a ficar apertados e se a obra não se iniciar com alguma celeridade os fundos comunitários ficam em risco. A autarquia já tinha alugado estruturas modulares para servirem de salas de aula, que estão desocupadas, mas que vão continuar no local à espera que a situação seja desbloqueada.
O projecto está azarado desde início. Primeiro a empresa que tinha vencido o concurso desistiu de fazer a obra logo após esta ter sido adjudicada. Nessa fase já não era possível entregar a empreitada à segunda classificada e a autarquia teve que abrir um segundo concurso em Dezembro de 2017. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves, acreditava que apesar do atraso o alargamento do estabelecimento de ensino ficasse pronto ainda em 2018. Mas o concurso ficou deserto.

A câmara, para atrair empresas, viu-se obrigada a aumentar o valor base do concurso público em cerca de 40 mil euros, e lançou novo concurso no valor de 260 mil euros, mais IVA, sendo que os encargos eram repartidos por 2018 e 2019. Finalizado o concurso e feito o contrato com a nova empresa, surge agora mais um revés. O projecto de ampliação e requalificação da escola primária e jardim de infância tem um prazo de execução de 180 dias.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo