Hospital de Santarém sai do coma com novo tratamento de dinâmica

Nova administradora Ana Infante já trabalha na criação de condições para captar médicos e aumentar capacidade.
Esta entrevista podia ter demorado pouco tempo, mas prolongou-se por mais de uma hora, atendendo à doença grave do hospital. Com tanto problema acumulado nos últimos anos e um orçamento deficitário em 20 milhões, a conversa só podia ser longa. E quando se tem muita vontade de tratar os males e dar novas perspectivas de vida, mais demorada se torna a conversa. Nesta primeira parte da entrevista à nova presidente do conselho de administração do Hospital de Santarém, Ana Infante, já se percebeu do que em seis meses se fez muito que podia ter sido feito há mais tempo. Quando entrou em funções em Agosto, Ana Infante encontrou um hospital descredibilizado, com dívidas por pagar há dois anos, com as obras do bloco operatório paradas por falta de fundos próprios e uma unidade coronária, que era uma referência, à beira da ruptura. A menos de um mês de fazer 57 anos, a presidente do conselho de administração está a dar a volta ao maior hospital da região. Nos últimos seis meses a administradora hospitalar, que vinha fazendo carreira na zona da Grande Lisboa, conseguiu desbloquear as situações com engenharia financeira, convenceu médicos privados a trabalharem na cardiologia para evitar o fecho da unidade coronária. Estão a ser feitos projectos para concretizar aspirações de anos, como a instalação da ressonância magnética, serviço que o hospital contrata ao exterior e custa 250 mil euros. Com falta de médicos, o conselho de administração, composto por cinco pessoas que não se conheciam, está a apostar na criação de um gabinete de formação e investigação para cativar mais especialistas.
Entrevista completa na edição de O MIRANTE já nas bancas
