Sociedade | 06-03-2019 15:00

Mais Santarém contra Casa do Benfica no Jardim da Liberdade

Mais Santarém contra Casa do Benfica no Jardim da Liberdade

Associação tomou posição pública contra a localização do projecto que o Benfica quer desenvolver na cidade.

A Associação Mais Santarém – Intervenção Cívica (AMSIC) manifestou-se publicamente contra a intenção do município em ceder as cafetarias devolutas do Jardim da Liberdade para ali ser criada uma Casa do Benfica de nova geração. Em comunicado distribuído à comunicação social na última sessão da Assembleia Municipal de Santarém, a AMSIC alega que a cedência desses edifícios é “atentatória dos interesses da cidade e dos munícipes”.

Entre os argumentos da associação, refere-se que o projecto visa ocupar um espaço dos mais nobres e centrais da cidade, que “não pode ser cedido a um clube nacional e respectivo emblema”. A AMSIC diz que o projecto é “necessariamente gerador de rivalidades e de emoções tribais, condicionando a sua utilização, e promovendo antagonismos e desconforto de munícipes simpatizantes de outros clubes, que se inibirão de frequentar este espaço público”.

Criticando o actual estado de abandono e degradação das cafetarias, que se arrasta há anos, a Mais Santarém refere que esse cenário não pode ser justificação para a autarquia entregar por três décadas ou mais um património municipal situado em espaço nobre da cidade, “num procedimento notoriamente opaco e sem auscultação pública”.

A Mais Santarém aponta mesmo alternativas para ocupação dessses espaços, como a instalação ali da Sala de Leitura Nerbardo Santareno, que actualmente está instalada num espaço da Diocese de Santarém, a quem o município paga renda. E alega que há outras opções viáveis para a Casa do Benfica, como o Retail Park, onde permanecem algumas naves desocupadas.

Recorde-se que no início deste ano a Assembleia Municipal de Santarém aprovou a desafectação do domínio público para o domínio privado do município das cafetarias do Jardim da Liberdade, em Santarém, com a finalidade de as ceder ao Sport Lisboa e Benfica. O presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), referiu que se tratava apenas de um "passo administrativo necessário" ao desenvolvimento do processo, mas alguns deputados municipais insistiram durante cerca de duas horas sobre a necessidade dessa transição e quiseram saber mais alguns contornos do negócio.

Ricardo Gonçalves explicou que a proposta em causa era apenas um passo administrativo "importante" para evitar uma hasta pública dos espaços. "Não queremos deixar fugir este projecto que muitas cidades andam a correr atrás", explicou.

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