Sociedade | 18-03-2019 17:47

Militares da GNR condenados no caso de furto de metais em Samora Correia

Militares da GNR condenados no caso de furto de metais em Samora Correia

Principal arguido apanhou sete anos de prisão efectiva e outros três guardas tiveram penas suspensas e multas

Um militar da GNR de Samora Correia, principal arguido no caso do roubo de metais que eram vendidos a sucateiros, foi condenado a sete anos de prisão por crimes de furto, falsificação e peculato de uso por utilizar a viatura da GNR para outros fins. Nuno Nunes foi absolvido dos crimes de corrupção e peculato.

O colectivo de juízes, na leitura do acórdão nesta segunda-feira, 18 de Março, reprovou o facto de este ser um agente policial e de mesmo depois de ter existido uma apreensão de material roubado os furtos terem continuado na empresa de componentes para automóveis Incompol, no Porto Alto, freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente.

O tribunal deu como provada a generalidade dos factos de que os 24 arguidos estavam acusados, à excepção de alguns crimes. O militar estava indiciado de facilitar o roubo de metais da fábrica, permitindo a entrada de conhecidos que faziam a recolha dos materiais, já que além das funções policiais também exercia a actividade de vigilância na empresa.

No processo estavam como arguidos outros três militares, acusados de 12, 11 e seis crimes respectivamente, entre os quais os de falsificação, abuso de poder e corrupção. Um deles foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão com pena suspensa por falsificação, peculato de uso e abuso de poder. Outro foi condenado a dois anos e dez meses de prisão também com pena suspensa e o terceiro foi condenado em multa.

O tribunal condenou ainda dois dos responsáveis pelos assaltos a penas de prisão efectivas, de seis anos e quatro meses e cinco anos e três meses, porque já têm antecedentes criminais. Um outro arguido foi condenado por roubo na pena de quatro anos e três meses de prisão efectiva, pelo mesmo motivo.

Os restantes arguidos, foram condenados a penas de prisão suspensas na sua execução e outros, acusados de receptação, apanharam penas de multa.

Segundo a acusação, o militar da GNR tido como principal arguido e que fazia segurança à fábrica, controlava os horários para a retirada dos metais e chegava a dispensar outros elementos da segurança para assim os furtos serem mais fáceis.

Os crimes ocorreram, segundo a investigação, pelo menos a partir de Maio de 2014 até 15 de Outubro do mesmo ano, altura em que foram detidos numa grande operação os quatro militares e mais outros quatro civis. A investigação viria depois a arrolar mais 16 elementos suspeitos.

Durante a operação “Hydra” foram apreendidos 5.490 quilos de metais não preciosos, sobretudo inox e alumínio, num valor estimado pela GNR em 330 mil euros.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1662
    01-05-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1662
    01-05-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo