Obras na Escola Duarte Lopes adiadas para as férias do Verão
Procedimentos legais e morosidade dos trabalhos estão na base do adiamento das intervenções em estabelecimento de ensino de Benavente.
O Ministério da Educação adiou para o início do Verão as obras na Escola Básica 2,3 Duarte Lopes, em Benavente, que estavam previstas para as férias da Páscoa e visam a remoção das coberturas de fibrocimento, contendo amianto, uma substância tóxica e potencialmente cancerígena. Os prazos legais do procedimento e a complexidade dos trabalhos da remoção das coberturas são o motivo do adiamento da intervenção que deverá custar mais de cem mil euros.
A informação foi adiantada pelo presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), na última sessão da assembleia municipal, depois de a bancada da CDU levantar a questão. O deputado da CDU António Paulo Reis aproveitou a intervenção para lançar críticas àquilo que considera ser uma forma “atabalhoada, avulsa e em cima do joelho” de se anunciar uma obra que carece de tempo para ser realizada com segurança e eficácia.
Recorde-se que a promessa para o melhoramento daquelas instalações foi deixada em Dezembro último, pela secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, que visitou o espaço. Durante a visita Alexandra Leitão deixou ainda em cima da mesa a possibilidade de ser feita uma pintura exterior das instalações e colocar uma cobertura no pátio da escola, para evitar que os alunos tenham de sair do recinto escolar para ter aulas de educação física.
A O MIRANTE, Mário Santos, director do Agrupamento de Escolas de Benavente, diz que já era expectável este atraso, uma vez que a intervenção necessita de “planeamento”, considerando que as duas semanas da pausa lectiva da Páscoa seriam insuficientes para se concluir a obra.
Segundo aquele responsável, mais preocupante é a necessidade de ser construído um pavilhão desportivo onde os alunos possam ter aulas de educação física sem sair do recinto escolar. Lembre-se que os alunos já tiveram de ter aulas de educação física numa sala de aula normal, porque a escola não dispõe de funcionários em número suficiente que os possam acompanhar durante o percurso, tal como obriga a missiva do Ministério da Educação, enviada a todas as escolas do país. Mário Santos adianta que os alunos já retomaram as aulas no pavilhão e piscinas municipais, mas que continuam a fazer o percurso sem acompanhamento. “Até ao próximo ano lectivo está prevista a entrada de mais um funcionário para esta escola, mas o problema continuará a existir”, afirma o director sublinhado que nem um funcionário é suficiente, nem a escola deixará de ter uma oferta deficitária na área da educação física.