Ministério Público arquiva queixa de pancadaria na Junta de Vila Franca de Xira
Queixoso contestou a decisão e pediu abertura da instrução do processo.
O Ministério Público de Vila Franca de Xira decidiu arquivar a queixa-crime relativa às agressões entre João Conceição (CDU) e Ricardo Carvalho (PS), alegadamente ocorridas em Maio de 2018 dentro do edifício da junta de freguesia daquela cidade. O queixoso, Ricardo Carvalho, já contestou a decisão do Ministério Público e aguarda agora a abertura da fase de instrução.
No despacho de arquivamento salta à vista a ideia de que o socialista foi agarrado pelo braço, mas quanto aos socos que terá sofrido é referido que, pese embora tenha havido contacto físico, ele não é explícito e por isso resultaram duas versões antagónicas para o juízo do procurador: Ricardo Carvalho a dizer que sofreu os socos e João Conceição a negar tê-los dado.
Por isso, e porque as imagens de videovigilância não foram suficientemente claras para ajuizar, o tribunal entendeu que não poderia dar mais crédito a um dos relatos do que ao outro, pelo que apesar do evidente contacto físico, o mesmo não foi passível de censura criminal, no entender do Ministério Público.
Ricardo Carvalho, contactado por O MIRANTE, recusou prestar esclarecimentos sobre o assunto nesta fase. A CDU já veio, entretanto, na última reunião pública de câmara, declarar vitória sobre o caso, criticando a postura “prepotente e arrogante” da actual gestão socialista da junta vilafranquense.
“As acusações que eram imputadas à CDU não correspondiam à verdade e sempre exortámos à apresentação de provas em concreto. A justiça veio a concluir pelo arquivamento do processo pela falta de provas que a corroborassem. Fica evidente que a principal preocupação do PS e PSD é desviar o foco das atenções para a cada vez mais flagrante incapacidade em resolver os problemas das populações”, notou o vereador comunista Nuno Libório.
O caso, recorde-se, ocorreu a 18 de Maio de 2018, com João Conceição e Ricardo Carvalho a envolverem-se numa forte discussão que acabou, segundo o presidente da junta, em empurrões, cotoveladas e murros nas costelas. A CDU negou sempre tudo e garantiu que o acontecimento era fantasioso.