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Oito cidades a mostrar Portugal

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Torres Novas e Santarém em Zamora

Oito cidades Portuguesas estiveram envolvidas na passada semana nas Comemorações dos 850 anos do Tratado de Zamora. Bragança - Coimbra - Guimarães - Lisboa - Lamego - Porto - Santarém e Tones Novas, foram as cidades que levaram a Música e o Folclore até à sala do Teatro Principal de Zamora às ruas da Cidade.

De Tones Novas, para uma viagem de 9 horas, partiu o Rancho Folclórico de Riachos, a Sociedade Filarmónica Euterpe Meiaviense, o Chorai Juvenil e Adulto do Choral Phidéllius, e um grupo de Teatro da Escola Secundária Maria Lamas.

O dia de Tones Novas, assinalado em conjunto com Santarém, foi na 4ª feira dia 9. Os Zamoranos gostaram do que viram, disso dão conta os jornais do dia seguinte. No jornal “ EI Norte de Castílla" escreveu-se: EI Teatro y el Folklore de T. Novas e Santarém, protagonistas en Zamora. Por sua vez o Correo de Zamora acrescenta que: Las Ciudades de Santarém e T. No­vas, destacaron em Zamora, su inten- cion de fomentar las relaciones comerciales y de incentivar nuevas actividades culturales Transfronteiriças.

As comitivas, Torrejana e Scalabitana, foram recebidas à tarde por responsáveis da Câmara de Comércio de Zamora e desde logo ficaram combinados outros contactos, nomeadamente com o Nersant e a ACIS, de modo a serem criadas relações de Intercâmbio Comercial. No caso de Tones Novas, no âmbito dos Frutos Secos e Aguardente de Figo.

No Pavilhão da cidade do Almonda da, que esteve instalado, juntamente comas outras 7 cidades Portuguesas, nas instalações do Colégio Universitário, podia ver-se uma réplica do Castelo e durante o certame foi oferecido material turístico da Região de Turismo dos Templários e os apreciados Frutos Secos e Aguardente de Figo, que esgotaram nos primeiros dias.

As delegações de Torres Novas e Santarém foram recebidas pelo Presidente da Diputacion Provinciale An tolin Martin e pelo Alcaide de Zamo­ra Luis Calvo. Na sua intervenção, António Rodrigues, Presidente da Câmara, começou por falar da História de Portugal e de T. Novas, fazendo a ponte com Zamora. Depois falou sobre a geografia, os costumes e a actividade comercial da região.

O representante de Santarém Nuno Domingues do Pelouro da Cultura, falou das características do Ribatejo e divulgou sobretudo as Feiras da Cidade: Lusoflora, Agricultura e Gas­tronomia.

Na cerimónia falou também o Presidente do Instituto de Estudos Zamoranos responsável pelas Comemorações Juan Carlos Alba, que falou de projectos culturais conjuntos com as duas cidades, apesar de admitir que Santarém é a cidade que se parece mais com Zamora. Foram deixadas sementes importantes naquela cidade que devem ser desenvolvidas em futuros contactos.

Quanto ao impacto destas Comemorações em Zamora, e apesar de ser notada a presença dos portugueses, passaram um pouco ao lado da população. Afinal, se Portugal comemora a sua independência, Espanha relembra o desmembrar de uma parcela importante do seu território.

Esta não é uma opinião partilhada por José Bahamonde, Vice-Presidente da Diputacion Provinciale, que afirmou a O MMIRANTE que o programa é todo virado para a população, para as ruas e para os teatros. Os actos institucionais foram muito poucos e a Exposição das oito cidades foi muito visitada.

Recorde-se que as comemorações do Tratado de Zamora começaram em Torres Novas com a polémica estátua de D. Afonso Henriques, e os três mil contos do seu custo, e terminaram em Zamora com o Presidente António Rodrigues a tentar antes do regresso que os Zamora­nos assumissem os custos da vi agem e estadia em Espanha, enquanto que a Câmara de T. Novas suportaria a viagem e estadia dos Espanhóis em Julho próximo, durante as Festas da Cidade. Até ao momento de fecho desta edição não foi possível confirmar se as negociações surtiram efeito. No entanto Pedro Ferreira, vereador do Pelouro da Cultura adiantou-nos que será muito provável que os custos da deslocação a Zamora, orçados em 3 mil contos, sejam suportados pelos Espanhóis.

Refira-se por último que na cidade de Zamora se aguarda com expectativa a inauguração de Estátua de Afonso Henriques,que vai marcar o inicio da actividade da Fundação Luso-Hispânica Afonso Henriques e que vai ter a presença do Rei Juan Carlos.

Apanhados em Zamora

APANHADOS...ÀS VOLTINHAS

Os autocarros que transportaram a delegação de Torres Novas a Zamo­ra, andaram às voltinhas dentro da cidade. Os condutores não sabiam onde ficavam os hotéis e falhou o encontro previsto com um elemento da organização. O recorde das volti­nhas sem destino ficou a pertencer à Banda da Meia Via. Uma hora de visita não programada, com vinte passagens pelo mesmo local. Zamora...nunca mais.

APANHADOS...EM TRAJES MENORES

A actuação do rancho folclórico de Riachos estava prevista para o fim da tarde de quarta-feira, mas os quartos do hotel tiveram que ficar vagos ao meio-dia. Conclusão, os “bailadores” acabaram por se vestir e despir nas traseiras do autocarro, no parque de estacionamento de um hi­permercado. A arte do desenrasca continua a ser um dos trunfos nacionais. Os Zamoranos que tinham ido às compras é que ficaram sem saber se a secção de pronto a vestir tinha mudado de sitio.

não ser reconhecido, insiste: “Então não conhecem o vosso Presidente?! O Presidente de Torres Novas?!!". Só depois é que se desfez o equivoco. Os músicos não eram da Banda da Meia Via, mas da Banda de Bra­gança. Afinai, fardas há muitas, sr. Presidente.

APANHADO... DO CLIMA

O Presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues, não resistiu ao cansaço e ao “stress". Na manhã de quarta- feira, começou com tonturas e foi conduzido ao hospital pelo seu colega espanhol. Depois de observado e medicado acabou por cumprir o resto do programa. O MIRANTE soube que o médico que atendeu Rodrigues o aconselhou a não pensar na dívida da autarquia enquanto estivesse em Zamora.

APANHADO... PELAS FARDAS

Uma outra história passada com o autarca, foi a da confusão das fardas. António Rodrigues ao chegar a Zamora dirigiu-se a elementos de uma banda de música identificando-se como Presidente da Câmara. Incrédulo por não ser reconhecido insiste “Então não conhecem o vosso Presidente?! O Presidente de Torres Novas?!!". Só depois é que se desfez o equivoco. Os músicos não eram da Banda da Meia Via, mas da Banda de Bragança. Afinal, fardas há muitas, sr. Presidente.

APANHADO... PELA POLÍCIA

O autocarro onde viajava o Choral Phidéllius foi mandado parar pela policia Espanhola e não tinha o seguro em dia. Primeiros os nossos "hermanos" queriam que o autocarro voltasse a Salamanca, sessenta quilómetros no sentido inverso, para tratar do assunto. Depois, acabaram por deixá-lo seguir após o pagamento da multa respectiva. O azar todo foi para os cantores que actuaram de barriga vazia, após nove horas de viagem. Quando o jantar lhes foi finalmente servido, eram onze da noite, só se ouvia na sala o som de castanholas que os dentes faziam.

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